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Remy Sharp
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O Banco do Brasil avalia que haverá recuperação de ativos no caso da Americanas e, por isso, decidiu provisionar apenas 50% de sua exposição à varejista, de cerca de R$ 1,4 bilhão. A informação é do vice-presidente de gestão financeira do banco, Ricardo Forni

Ele disse que novas provisões dependem do andamento das negociações e lembrou que a exposição do BB à varejista é menor do que outros grandes bancos, como Bradesco e Itaú, que provisionaram 100% dos empréstimos, sinalizando que não acreditam em recuperação de ativos.

- O provisionamento de 50% não é uma questão de conservadorismo. É uma questão técnica. Avaliamos que o provisionamento de 50% era o adequado e enxergamos claramente que há ativos a serem recuperados - disse Forni.

Ele afirmou que a decisão de provisionamento também não foi tomada olhando impactos passados ou futuros nos números do BB. O efeito no balanço do banco, segundo ele, foi pequeno.

O BB registrou lucro líquido ajustado de R$ 9,039 bilhões no quarto trimestre do ano passado. O valor é 52,4% maior que no mesmo período de 2021. Sem a provisão com Americanas, o lucro do banco teria sido de R$ 9,4 bilhões no trimestre passado.

Forni afirmou que os modelos de crédito do BB são robustos e análise é feita de forma personalizada, visitando clientes, por exemplo. Mas os mdoelos do banco não conseguiram prever o rombo de R$ 20 bilhões, afirmou, porque havia assimetria de informações.

- Vamos apoiar as negociações visando a recuperação desse crédito, mas com assimetria de informações não se consegue prever um caso como este - afirmou ele, lembrando que o banco está reduzindo sua exposição no segmento de atacado e atuando mais forte no mercado de crédito a pessoa física e agro.

Forni não quis classificar o episódio como uma 'fraude' como fizeram os presidentes do Itaú e Bradesco. Ele lembrou que o caso está sendo avaliado por peritos e o mercado espera uma explicação sobre as inconsistências fiscais.

- Estamos participando das negociações e tomando as medidas jurídicas. O nome que será dados às inconsistências fiscais não importa. Mas terá que ser explicado - garantiu.

Juros elevados

Em seu primeiro balanço como presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, afirmou que não cabe ao banco discutir a taxa de juros determinada pelo Banco Central. Segundo ela, os resultados do banco materializam a capacidade de se adaptar a qualquer cenário de mercado. O banco teve lucro recorde em 2022 chegando a quase R$ 32 bilhões.

- Somos flexíveis para nos adaptar. Em caso de redução de juros, estaremos adaptados às condições que o mercado oferecer - resumiu.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos, vem sendo alvo de críticas pela manutenção da Selic (taxa básica de juros) em 13,75% na última reunião do órgão. O principal crítico foi o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que disse que a taxa está num nível exagerado e trava o crescimento da economia

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