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Balança comercial dos EUA e resultados de gigantes brasileiras: o que move o mercado

Após o fechamento do pregão, Prio, Carrefour, Raia Drogasil, Vibra, Odontoprev, Vamos e JSL divulgam seus balanços

Publicado em 6 de maio de 2025 às 07h58.

Os mercados iniciam esta terça-feira, 6, atentos a novos dados de atividade econômica. Em Nova York, o dado mais aguardado é a balança comercial de março, às 9h30. O desempenho das importações está no centro das atenções, já que teve peso na queda do PIB do primeiro trimestre. Ainda nos Estados Unidos, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, será ouvido pela Câmara às 11h.

No Brasil, o único indicador previsto é o PMI composto de abril da S&P Global, às 10h. A agenda do dia também inclui o primeiro dia de reunião do Copom, com expectativa de corte de 0,25 ponto percentual na Selic amanhã.

Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa às 13h de uma mesa redonda sobre inteligência artificial na Califórnia, promovida pela Amcham Brasil.

No campo político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com ministros às 15h para discutir o escândalo envolvendo fraudes no INSS. Ele embarca ainda hoje para a Rússia, com previsão de seguir depois para a China.

Na bolsa brasileira, o dia será movimentado por resultados corporativos. Após o fechamento, Prio, Carrefour, Raia Drogasil, Vibra, Odontoprev, Vamos e JSL publicam balanços.

Nos EUA, os destaques são AMD e Super Micro Computers, com balanços previstos para o fim do dia.

Setor de serviços

Na Europa, os dados de serviços decepcionaram. No Reino Unido, o setor recuou pela primeira vez desde outubro de 2023, com o PMI caindo de 52,5 para 49,0 — o ritmo mais acentuado de contração em mais de dois anos. O recuo foi atribuído à deterioração das exportações e à insegurança causada pela política tarifária dos EUA.

Na Alemanha, o PMI de serviços também caiu para 49,0, sinalizando contração pela primeira vez desde novembro. Empresários relataram demanda mais fraca, aumento de custos com salários e forte competição por novos contratos. Apesar disso, o setor manteve ritmo acelerado de contratações.

Segundo a S&P Global, os setores ligados à indústria, como materiais de construção e automóveis, lideraram os ganhos na Europa em abril, enquanto segmentos como serviços industriais e transporte estagnaram. A geração de empregos ficou concentrada em bancos, farmacêuticas e imobiliárias.

Dados dos EUA, divulgados ontem, surpreenderem positivamente: o PMI de serviços do ISM subiu de 50,8 para 51,6 pontos em abril. O resultado reduziu ainda mais as apostas de um corte de juros pelo Federal Reserve.

Na China, o dado veio na direção oposta. O PMI/Caixin de Serviços recuou para 50,7, ante 51,9 em março, evidenciando o impacto negativo das tarifas sobre a segunda maior economia do mundo.

Mercados internacionais

Os mercados da Ásia encerraram o pregão sem direção única, enquanto investidores avaliam as negociações comerciais entre os EUA e países da região. O dólar se valorizou, pressionando as moedas asiáticas.

Na China, o índice CSI 300 avançou 1,01% após o feriado de Dia do Trabalho, refletindo sinais de possível trégua nas disputas tarifárias com os EUA. Já o Hang Seng, em Hong Kong, subiu 0,7%.

Os mercados do Japão e da Coreia do Sul permaneceram fechados.

Na Europa, as bolsas operavam em queda nesta manhã. O índice Stoxx 600 cedia 0,5%, com destaque negativo para mineradoras. O DAX, da Alemanha, recuava 1,1% após a surpresa na votação que impediu Friedrich Merz de assumir o cargo de chanceler. O FTSE 100, do Reino Unido, operava estável.

Nos EUA, os futuros de ações caíam antes da abertura. Os contratos do S&P 500 recuavam 0,56%, do Dow Jones, 0,35% e do Nasdaq-100, 0,79%.

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