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Ambev tem melhor reputação entre empresas da Bolsa

A reputação corporativa da companhia contribui com 45,4% do valor de mercado da empresa

Latas das cervejas Antártica e Brahma, da Ambev (Pedro Rubens/EXAME.com/Site Exame)

Latas das cervejas Antártica e Brahma, da Ambev (Pedro Rubens/EXAME.com/Site Exame)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 29 de novembro de 2017 às 10h14.

São Paulo - A Ambev lidera pelo segundo ano consecutivo como a empresa com a melhor reputação na Bolsa. A reputação corporativa da companhia contribui com 45,4% do valor de mercado da empresa, 47,88 bilhões de dólares (cerca de 128 bilhões de reais) de valor para os acionistas.

Os dados fazem parte do relatório “2017 Brazil Reputation Dividend Report” realizado pela Reputation Dividend, em parceria, com a MZ Group e divulgado com exclusividade pela EXAME.com.

A RaiaDrogasil é a empresa com a segunda melhor reputação na B3. A companhia tem um prêmio de reputação de 38,4%, o que representa cerca de 3 bilhões de dólares. Já o terceiro lugar é ocupado pela B3, com prêmio de reputação de 38,1%, mais de 5 bilhões de dólares.

Na comparação com o ranking do ano passado, a B3 teve um aumento de quase 20 pontos percentuais. Segundo o estudo, o aumento pode ser explicado pela fusão com a Cetip, que foi bem recebida pelos investidores. Confira ranking abaixo.

ColocaçãoEmpresaPrêmio de ReputaçãoValor da Reputação (em dólares)Valor de Mercado da empresa (em dólares)
Ambev45,40%US$ 47,888 bilhõesUS$ 105,587 bilhões
Raia Drogasil38,40%US$ 3,097 bilhõesUS$ 8,064 bilhões
B338,10%US$ 5,278 bilhõesUS$ 13,8 bilhões
Ultrapar38,10%US$ 5,182 bilhõesUS$ 13,599 bilhões
Lojas Renner37,20%US$ 3,029 bilhõesUS$ 8,151 bilhões
WEG36,80%US$ 4,127 bilhõesUS$ 11,219 bilhões
Bradesco36%US$ 24,94 bilhõesUS$ 69,211 bilhões
Itaú Unibanco35,70%US$ 30,755 bilhõesUS$ 86,215 bilhões
Lojas Americanas35,60%US$ 3,015 bilhõesUS$ 8,457 bilhões
10ºNatura35,60%US$ 1,505 bilhãoUS$ 4,228 bilhões
11ºCielo34,90%US$ 6,481 bilhõesUS$ 18,592 bilhões
12ºGrupo Pão de Açúcar33,10%US$ 2,33 bilhõesUS$ 7,035 bilhões
13ºCPFL Energia32,20%US$ 2,804 bilhõesUS$ 8,722 bilhões
14ºCCR31,30%US$ 3,523 bilhõesUS$ 11,254 bilhões
15ºHypermarcas29,10%US$ 1,981 bilhãoUS$ 6,796 bilhões
16ºVivo-Telefônica25,70%US$ 6,47 bilhõesUS$ 25,211 bilhões
17ºSantander24,40%US$ 8,57 bilhõesUS$ 35,1 bilhões
18ºBraskem24,40%US$ 2,68 bilhõesUS$ 10,984 bilhões
19ºGerdau24,10%US$ 1,42 bilhãoUS$ 5,89 bilhões
20ºBanco do Brasil24,10%US$ 7,993 bilhõesUS$ 33,182 bilhões
21ºMultipan22,40%US$ 1,027 bilhãoUS$ 4,594 bilhões
22ºKroton20,00%US$ 1,979 bilhãoUS$ 9,908 bilhões
23ºTIM19,80%US$ 1,796 bilhãoUS$ 9,073 bilhões
24ºErgie Brasil18,90%US$ 1,429 bilhãoUS$ 7,575 bilhões
25ºKlabin18,70%US$ 1,119 bilhãoUS$ 5,976 bilhões

Recuperação econômica

As analisar as 25 companhias, o levantamento aponta o valor bruto das reputações das companhias chegou em 645 bilhões de reais, 24,4% do valor de mercado. Na comparação com o levantamento realizado no ano passado, o prêmio de reputação médio teve aumento de quase 9%.

O fundador da Reputation Dividend, Simon Cole, explica o aumento é um importante indicador da recuperação da economia.

“Ainda que muito crédito deva ser dado aos executivos e gestores das companhias pelos bons resultados reputacionais das principais empresas brasileiras, não deve haver complacência.”

Cole acrescenta ainda que apesar do aumento, manter a confiança de investidores é o desafio devido às turbulências geopolíticas e econômicas, que apesar de darem sinais de diminuição no curto prazo e as incertezas que elas criam geram ainda mais stress nas reputações.

Já o presidente do MZ Group, Rodolfo Zabisky, destaca neste momento econômico, a reputação corporativa “tornou-se uma parte tão intrínseca do processo de criação de valor que as melhores empresas estão cada vez mais olhando este ativo como uma alavanca de valor e não apenas, meramente, como mais um risco a ser gerenciado.”

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