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Ações do Google (GOGL34) alcançam máxima histórica após decisão dos EUA sobre o Chrome

Tribunal determinou, na ocasião, que empresa compartilhe dados de busca com rivais, mas manteve controle sobre o navegador

Google (AFP)

Google (AFP)

Publicado em 3 de setembro de 2025 às 15h16.

Última atualização em 3 de setembro de 2025 às 17h59.

As ações da Alphabet, controladora do Google, atingiram a máxima histórica de US$ 231,10 nesta quarta-feira, 3. O avanço de 9% dos papéis ocorreu um dia após decisão de um tribunal nos Estados Unidos em processo de defesa da concorrência sobre o navegador Chrome.

Com a alta histórica, a empresa ganhou US$ 234 bilhões em valor de mercado, chegando a um market cap de US$ 2,79 trilhões.

A decisão da Justiça foi considerada um marco regulatório no setor de tecnologia e reduziu riscos de mudanças estruturais no negócio da Alphabet. No pregão da bolsa dos EUA, o movimento também impulsionou o índice Nasdaq e outras empresas de tecnologia. A Apple se valorizou em US$ 130 bilhões, por exemplo.

No acumulado de 12 meses, os papéis da Alphabet tiveram valorização de 45,7%. Apesar do desempenho positivo, análises técnicas apontam que os ativos estão em território de “sobrecompra”.

Ainda assim, analistas de mercado mantêm projeções otimistas, com consenso de compra e preço-alvo máximo estimado em US$ 270. O JPMorgan elevou seu preço-alvo para US$ 260, enquanto o BofA Securities revisou sua projeção para US$ 252. Ambos citaram o impacto favorável da decisão judicial no caso antitruste contra o Google.

Determinação do processo

O juiz federal Amit Mehta determinou que a Alphabet não precisará vender o Chrome, afastando uma das medidas mais severas solicitadas pelo Departamento de Justiça dos EUA.

A empresa, no entanto, terá de compartilhar parte dos resultados e dados de busca com concorrentes considerados “qualificados” e está proibida de firmar contratos de exclusividade.

A sentença encerra uma etapa de uma ação movida em 2020 pelo Departamento de Justiça e por diversos estados americanos. O governo alegava que o Google detém um monopólio ilegal no mercado de buscas, responsável por quase 90% das pesquisas feitas na internet. A companhia contesta esse percentual e já anunciou que pretende recorrer.

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