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Magazine Luiza dispara 7% após Bradesco BBI elevar preço-alvo da ação
Analistas do banco elevaram o preço-alvo dos papéis para R$ 320, apostando na 'segunda onda' do varejo
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Magazine Luiza: ações subiram mais de 4.500% em 3 anos (Germano Lüders/Exame)
Publicado em 17 de julho de 2019 às, 12h28.
Última atualização em 17 de julho de 2019 às, 13h43.
Os papéis da varejista Magazine Luiza disparavam na manhã desta quarta-feira (17), depois que o Bradesco BBI divulgou um relatório no qual eleva a recomendação dos papéis de neutro para outperform (com desempenho melhor que a média do mercado). O preço-alvo da ação subiu de R$ 170 para R$ 320. Por volta das 13h, a cotação avançava mais de 7%. Nos últimos três meses, acumula alta de 55%.
Os analistas do BBI apostam que o comércio eletrônico de vestuário, artigos esportivos e cosméticos é o próximo a se beneficiar da “segunda onda” do varejo. Com a aquisição da Netshoes, especializada no segmento, o Magalu sai na frente de outros rivais.
A primeira onda do varejo, concentrada em eletrodomésticos e eletroeletrônicos, já atingiu um amadurecimento e tem empresas bem consolidadas no Brasil, com o Mercado Livre já bem posicionado nesta categoria, ressaltou o BBI.
O banco acredita que a penetração do comércio eletrônico no varejo vai crescer 6% nos próximos cinco anos. Segundo o relatório, o ganho de market share no setor, altamente concorrido, vai depender o sucesso desta segunda onda de consumo, além da eficiência no sistema de logística, que exige mais velocidade e custos mais baixos.
No início desta semana, o Magazine Luiza informou que fará o desdobramento de suas ações de 1 para 8. A iniciativa não modificará o capital social da empresa, que permanecerá em R$ 1,77 bilhão. O objetivo da desdobramento é conferir melhor patamar para a cotação das ações, a fim de torná-las mais acessíveis aos investidores e, consequentemente, aumentar a liquidez (facilidade de negociação) das ações.
Analistas ouvidos por EXAME indicaram as ações da companhia como um bom investimento no longo prazo baseado nas perspectivas de crescimento na economia e dos bons resultados apresentados pelo Magazine Luiza nos últimos anos. A empresa deve ganhar ainda mais relevância com o crescimento do varejo online. No mês passado, a varejista venceu a disputa com a Centauro e comprou a Netshoes por US$ 115 milhões.
As ações do Magazine Luiza também sobem à espera do anúncio do governo sobre a liberação do saque de até 35% do FGTS, A expectativa com a medida é liberar R$ 42 bilhões pelas contas do FGTS e R$ 21 bilhões do PIS, podendo atingir a marca de R$ 63 bilhões.
A liberação dos saques deve incentivar o consumo, impactando nas vendas da varejista e de outros players do setor. Os papéis do B2W também disparavam, ao redor de 4%. Via Varejo, que recentemente passou por uma troca de controle e tem visto suas ações em ascensão, recuava mais de 1%.
Evolução das ações da Magazine Luiza em relação à Via Varejo.
Varejista quer voar alto
De junho de 2016 a junho de 2019, a ação do varejista Magazine Luiza foi a que gerou maior retorno sobre o capital investido entre as empresas da bolsa, de 4.528%, segundo cálculos da consultoria Economatica. Neste período, a companhia dobrou o faturamento e viu suas ações valorizar 100 vezes, para 40 bilhões de reais. Agora, a companhia planeja ir além do varejo.
Comparando o primeiro trimestre de 2019 ao mesmo período de 2016, as receitas subiram 111%, para 5,7 bilhões de reais, e o lucro multiplicou por 26, atingindo 139 milhões. Em três anos e meio, o valor de mercado da companhia foi multiplicado por 100, para 40 bilhões de reais, com investidores entusiasmados com o fato de 41% das vendas já virem da internet.
De vendedor de eletroeletrônicos e móveis em lojas físicas e virtuais, o Magazine Luiza investe para ser um provedor de tecnologia e serviços de logística e finanças para conectar o consumidor a pequenos e médios comerciantes dos mais diversos segmentos. Um passo decisivo nesse caminho para virar uma plataforma de serviços foi dado em junho com a compra, por 115 milhões de dólares, da loja eletrônica de artigos esportivos Netshoes (que controla também a Zattini, de moda), fundada há 19 anos em São Paulo pelo empreendedor Marcio Kumruian.
A oportunidade de adquirir a Netshoes e o relacionamento com seus 6 milhões de clientes ativos vieram na hora certa para aumentar o engajamento dos 18 milhões de consumidores do Magazine Luiza. Apesar de seus problemas financeiros, a Netshoes vende produtos que estimulam a compra recorrente.
Frente aos concorrentes, o Magalu se tornou um gigante. No período em que a economia e o consumo andaram de lado ou para trás, a rede de móveis e eletrodomésticos não só ultrapassou seu maior concorrente, a Via Varejo, como passou a valer seis vezes mais na bolsa. É uma história de antagonismos que reúne duas empresas familiares e tradicionais, e que se mistura com as mudanças recentes no varejo brasileiro.
No mesmo período em que o Magazine Luiza multiplicou o valor de suas ações na Bolsa em mais de 4.500%, a Via Varejo subiu 86%. A disparidade de tamanho entre as duas companhias que competem no mesmo segmento se inverteu de forma gritante. Em junho, a varejista de Franca (SP) vale em torno de R$ 36 bilhões, seis vezes mais que os R$ 6 bilhões da dona das Casas Bahia.
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