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10 notícias para lidar com os mercados nesta quinta-feira

Receio de que a crise europeia da dívida esteja piorando afeta mercados ao redor do mundo. Bolsas na Europa e índices futuros nos Estados Unidos operam em queda

Pregão da BM%26FBovespa (Marcel Salim/EXAME.com)

Pregão da BM%26FBovespa (Marcel Salim/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2011 às 09h22.

São Paulo - Aqui está o que você precisa saber:

1 – Mercados: bolsas caem por maior temor com a Grécia. Os principais índices mundiais recuam nesta quinta-feira (16) diante do agravamento da crise da dívida da Grécia. A moeda europeia está sendo negociada ao menor nível em três semanas, enquanto o cobre se desvaloriza pelo temor de que a demanda esteja enfraquecida. No Brasil, o Ibovespa e o câmbio devem seguir a cena externa. Os juros futuros reagem a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). Nos Estados Unidos, os investidores acompanham dados de inflação e atividade.

2 – Ata do Copom: BC vê cenário melhor de inflação. O Banco Central reiterou nesta quinta-feira que o ajuste da política monetária por "período suficientemente prolongado" é a estratégia mais adequada para que a inflação convirja ao centro da meta em 2012, segundo a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). No encontro da semana passada, a autoridade monetária confirmou as expectativas e elevou o juro básico em 0,25 ponto percentual, para 12,25% ao ano.

3 – Casino aumenta participação no Pão de Açúcar. O grupo francês sinalizou interesse em consolidar sua participação no Grupo Pão de Açúcar e ampliou sua fatia na varejista brasileira, num alerta ao empresário Abilio Diniz. O Casino anunciou que aumentou sua participação no Pão de Açúcar em 3,3%, para 37%, investindo na operação 363 milhões de dólares. "O Casino reitera sua intenção de fortalecer o desenvolvimento de longo prazo do Grupo Pão de Açúcar, bem como a posição do grupo em mercados em rápido crescimento", afirmou a empresa francesa.

4 – Panamericano e BTG Pactual podem formar banco único, diz jornal. De segunda-feira até ontem na hora do almoço, o preço das ações do Banco Panamericano, negociadas na BM&FBovespa, haviam subido nada menos que 18%. Tudo por conta de rumores de que o Panamericano estaria conversando com seu rival BMG na intenção de montar um banco único, informa reportagem de O Estado de S. Paulo A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está acompanhando o caso.

5 – Celpa lidera ganhos na renda fixa com chance de apoio do governo. Os títulos da Centrais Elétricas do Pará (Celpa), empresa que tem descumprido contratos de financiamento, registram a maior valorização na dívida corporativa do País com especulações de que o governo vai garantir sua dívida. O rendimento dos títulos da empresa em dólar com vencimento em 2016 desabou 110 pontos-base desde a emissão, em 27 de maio, para 9,4%, segundo dados compilados pela Bloomberg.

6 – Perenco Petróleo e Gás pode levantar mais de R$ 1 bilhão em IPO. A Perenco Petróleo e Gás pode levantar mais de 1 bilhão de reais em uma oferta pública inicial de ações (IPO, em inglês) na Bovespa. Conforme prospecto divulgado nesta quinta-feira, serão emitidas 408.568 ações ordinárias em oferta primária, cujos recursos irão para o caixa da empresa. Se considerado o teto da faixa de preço estimada pelos coordenadores da operação, de 1.550 a 2.000 reais, a oferta pode resultar em 817,136 milhões de reais.

7 – Arezzo negocia compra da varejista de calçados Santa Lolla. A Arezzo está em negociações para comprar a Santa Lolla, varejista de calçados e acessórios femininos voltada para o público jovem, segundo reportagem do Valor Econômico. Se concretizada, trata-se da primeira aquisição da Arezzo, que captou 566 milhões de reais em sua oferta inicial de ações realizada em fevereiro. Desse valor, 196 milhões de reais foram para o caixa da empresa, que hoje soma 182 milhões de reais.

8 – Goldman Sachs lança seu terceiro fundo de ações no Brasil. Depois de lançar dois fundos de ações de gestão ativa que buscam superar, respectivamente, o Índice Bovespa e o Índice Brasil (IBrX-100), a filial brasileira da Goldman Sachs Asset Management (GSAM) acaba de pôr na rua uma carteira de ações sem um referencial definido e concentrado em retornos mais altos, informa reportagem do Valor Econômico.

9 – Light vai comprar 50% da geradora de energia eólica Renova. A tendência de grandes empresas de energia elétrica investirem em geração eólica deve ser confirmada com mais negócios nos próximos dias. A Light, que tem a Cemig como sócia-operadora, está concluindo a compra de aproximadamente 50% do capital da Renova Energia, empresa paulista controlada pela RR Participações que detém contratos para construir parques geradores de energia eólica totalizando 423 megawatts (MW), informa reportagem do Valor Econômico. Consultada, a Light informou desconhecer o assunto.

10 – Brasil Foods sai com “lição de casa” de reunião no Cade. A Brasil Foods (BRF) conseguiu ontem uma vitória no arrastado processo de fusão de Sadia e Perdigão: o adiamento do julgamento no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) por pelo menos 15 dias. Com esse fôlego extra, a empresa terá até o final do mês para apresentar uma proposta de venda de ativos que realmente convença os conselheiros de que o negócio é viável e não prejudicará consumidores e a concorrência.

Bônus I: Energias do Brasil adquire direitos de exploração de Jari. A Energias do Brasil anunciou nesta quinta-feira a aquisição da ECE Participações, que detém 90% do Consórcio Amapá Energia e os direitos de exploração da hidrelétrica de Santo Antônio do Jari, que terá capacidade para gerar 373,4 megawatts (MW). A empresa não revelou o valor da operação.

Bônus II: Governo pode injetar R$ 140 bilhões no Minha Casa, Minha Vida. O lançamento da segunda fase do programa será feito nesta quinta-feira, 16, pela presidente Dilma Rousseff. A continuidade prevê a entrega de mais 2 milhões de imóveis, com investimentos de 71,7 bilhões de reais até 2014. Mas o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, antecipou que os recursos para essa fase podem chegar a 140 bilhões de reais, informa reportagem de O Estado de S. Paulo. A Caixa deve responder por 80% do total.

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