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Empresários apelam para que Brasil assuma liderança em questões climáticas

Líderes empresariais alertaram que o país pode ser "excluído de uma nova ordem climático-econômica que se consolida diante dos nossos olhos"

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Desmatamento: documento pede um acordo sobre as regras para os mercados globais de carbono. (Gustavo Basso/Getty Images)

Desmatamento: documento pede um acordo sobre as regras para os mercados globais de carbono. (Gustavo Basso/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 27 de setembro de 2021 às, 20h29.

Executivos de mais de 100 grandes empresas fizeram um apelo para que o Brasil assuma uma posição de liderança nas negociações da ONU sobre o clima em novembro, em um momento em que a destruição da floresta Amazônica durante o governo Bolsonaro deixa o país numa posição de pária ambiental no planeta.

Os líderes empresariais, entre eles presidentes de empresas brasileiras ou unidades brasileiras de companhias multinacionais, alertaram em uma carta conjunta que o Brasil pode ser "excluído de uma nova ordem climático-econômica que se consolida diante dos nossos olhos".

Os signatários incluem diretores locais da empresa de e-commerce Amazon, da petroleira Shell, assim como presidentes-executivos da JBS, maior processadora de carne do mundo, e da fabricante de aeronaves Embraer.

"O Brasil deve manter a sua centralidade nesse diálogo, sob pena do enorme prejuízo ao setor produtivo e à sociedade brasileira.", diz a carta.

O documento pede um acordo sobre as regras para os mercados globais de carbono, um dos principais pontos de atrito em negociações passadas na ONU.

Na última grande cúpula da ONU sobre o clima, em 2019, os países não chegaram a um acordo sobre os mercados de carbono, com Brasil, Austrália e outros se recusando a abandonar a exigência de transferir créditos de esquemas mais antigos de negociação de carbono.

A carta também pede que o Brasil tome medidas para conter o desmatamento ilegal na Amazônia.

O desmatamento e queimadas na Amazônia brasileira dispararam após o presidente Jair Bolsonaro assumir, em 2019, causando uma comoção internacional diante do fato de que o presidente não tem feito o suficiente para impedir a devastação da floresta.

O desmatamento atingiu o pior resultado em 12 anos em 2020, com a destruição de uma área de quase 14 vezes o tamanho da cidade de Nova York.

Em agosto, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Pereira Leite, indicou uma mudança de política que incluiu a duplicação do orçamento de fiscalização ambiental, prevendo a contratação de 700 fiscais ambientais.

Bolsonaro disse em seu discurso na Assembleia-Geral da ONU, na semana passada, que o Brasil está comprometido com a preservação, e prometeu combater o desmatamento ilegal, embora grupos ambientais se mostrem céticos de que o tom de conciliação possa representar uma mudança real na agenda do governo.

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