Inteligência artificial e nuvem do Google consomem 21 bilhões de litros de água por ano
Relatório Ambiental de 2023 da Google revela um aumento de 20% no consumo de água pela empresa
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Bard, a IA do Google: lançamento do modelo deve aumentar o consumo de água da big tech (Google/Getty Images)

Publicado em 31 de julho de 2023 às, 15h33.
Última atualização em 31 de julho de 2023 às, 15h35.
No momento em que a inteligência artificial (IA) começa a tomar uma nova dimensão, o consumo de água da Google está aumentando de maneira expressiva, conforme detalhado no Relatório Ambiental de 2023 da empresa.
O documento informa que a companhia usou 21 bilhões de litros de água no último ano, representando um aumento de 20% em comparação ao ano de 2021.
Esse aumento pode ser atribuído, em grande parte, aos esforços crescentes da Google no campo da IA. O treinamento desses algoritmos em data centers gigantescos exige grandes quantidades de energia e água para resfriamento.
Essa situação torna-se preocupante, especialmente em um contexto de escassez de água, uma questão emergente em todo o mundo, inclusive na costa Oeste dos Estados Unidos, onde a empresa de tecnologia está sediada.
O caso tornou-se tão crítico que o planejado data center da Google no Arizona optou por tecnologia "arrefecida a ar" devido à falta de água na área, de acordo com informações do Insider.
Contudo, o relatório da Google aponta que 82% do uso de água doce da empresa no último ano provieram de regiões com "baixo estresse hídrico."
Falta de água é um problema do setor
Não é um problema exclusivo da Google. Meta e OpenAI também estão consumindo grandes quantidades de água para manter seus data centers em funcionamento, um custo oculto significativo por trás da corrida constante na IA.
Estimativas dos especialistas mostram que o último modelo de IA da Meta, Llama 2, dobrou o consumo de água da empresa em comparação ao modelo anterior.
A Google, por sua parte, promete melhorias. Um porta-voz informou à Gizmodo que o aumento no consumo de água "foi devido ao crescimento dos negócios".
A empresa afirmou estar trabalhando para enfrentar o impacto de seu consumo de água através de sua abordagem de resfriamento consciente em relação ao clima nos data centers e estratégia de gestão da água, incluindo sua meta de reposição de 120%.
Créditos

André Lopes
RepórterCom quase uma década dedicada à editoria de Tecnologia, também cobriu Ciências na VEJA. Na EXAME desde 2021, colaborou na coluna Visão Global, nas edições especiais Melhores e Maiores e CEO. Atualmente, é editor de Inteligência Artificial.Mais lidas em Inteligência Artificial
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