Google instala "alma" em robôs em novo teste com inteligência artificial
No Projeto RT-2, a big tech revela um marco na integração entre robôs e modelos de linguagem avançados. Será essa a próxima grande mudança na tecnologia?
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O robô RT-2: ao receber o comando de pegar um animal em extinção, o RT2, do Google, agarrou o boneco de um dinossauro (Google/Reprodução)

Publicado em 31 de julho de 2023 às, 11h29.
Última atualização em 31 de julho de 2023 às, 11h32.
Em um espaço de demonstração na divisão de robótica da Google, em Mountain View, Califórnia, um robô de um só braço posicionou-se diante de uma mesa com três figuras plásticas: um leão, uma baleia e um dinossauro. Ao receber a instrução para pegar o "animal extinto", o robô, com um movimento mecânico, estendeu seu braço e agarrou o dinossauro.
Esse experimento foi narrado pelo jornal New York Time, que presenciou a demonstração de como funciona o novo robô RT-2.
Até recentemente, uma ação desse tipo teria sido impossível. Os robôs eram incapazes de manipular objetos desconhecidos e de fazer a conexão lógica entre "animal extinto" e "dinossauro plástico".
Porém, uma revolução silenciosa está em curso. A Google começou a integrar modelos de linguagem avançados de inteligência artificial (IA) aos seus robôs, oferecendo a eles algo equivalente a cérebros artificiais.
É como se a máquina tivesse seu próprio ChatGPT na cabeça.
Isso significa que, ao invés de programar robôs para tarefas específicas, eles estão usando modelos de linguagem para permitir que os robôs aprendam habilidades por conta própria.
O novo modelo RT-2 da Google é capaz de interpretar imagens, o que é fundamental para sua navegação no mundo real. Ele pode transformar instruções em ações, algo que vai além dos modelos anteriores.
Durante a demonstração de uma hora, o RT-2 realizou várias tarefas complexas, como seguir instruções em diferentes idiomas e fazer conexões abstratas entre conceitos relacionados.
Obstáculos à frente
Ainda existem falhas, como identificações incorretas de objetos, mas os pesquisadores da Google acreditam que essas máquinas equipadas com linguagem poderão ser úteis em diversos setores, como armazéns, medicina e até assistência doméstica.
As preocupações com possíveis riscos ainda são remotas. "Não estamos falando de deixar essas coisas soltas", disse Goldberg ao New York Times.
Há várias características de segurança incorporadas ao RT-2, incluindo sensores para evitar colisões e software para prevenir ações prejudiciais.
No Google, a combinação de robôs com modelos de linguagem é vista com entusiasmo.
'Depois de anos de estagnação, os robôs de hardware estão de volta, e têm a inteligência artificial a agradecer por isso.
Créditos

André Lopes
RepórterCom quase uma década dedicada à editoria de Tecnologia, também cobriu Ciências na VEJA. Na EXAME desde 2021, colaborou na coluna Visão Global, nas edições especiais Melhores e Maiores e CEO. Atualmente, é editor de Inteligência Artificial.Mais lidas em Inteligência Artificial
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