Arábia Saudita se antecipa e reserva 3.000 chips H100, da Nvidia, para criar seu próprio ChatGPT
A compra de GPUs ocorre em meio à escassez global de semicondutores
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Mohammad bin Salman: príncipe herdeiro da Arábia Saudita (BERTRAND GUAY/Getty Images)

Publicado em 15 de agosto de 2023 às, 16h58.
Última atualização em 15 de agosto de 2023 às, 20h01.
A Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos têm intensificado as compras de chips de alto desempenho da Nvidia, essenciais para o desenvolvimento de softwares de inteligência artificial (IA). A ação dessas nações ocorre em meio a uma acirrada demanda global por esses componentes.
No mais recente movimento, a King Abdullah University of Science and Technology (Kaust), uma instituição pública de pesquisa da Arábia Saudita, adquiriu ao menos 3.000 chips H100 da Nvidia, cada um avaliado em US$ 40,000. O chip H100 foi referido pelo CEO da Nvidia, Jensen Huang, como “o primeiro computador [chip] projetado para IA generativa”.
Por outro lado, os Emirados Árabes Unidos não apenas asseguraram milhares de chips da Nvidia, mas também lançaram seu próprio modelo de linguagem de código aberto, chamado Falcon, no Technology Innovation Institute em Masdar City, Abu Dhabi. O software tem um funcionamento equiparável ao ChatGPT, mas para os idiomas árabes.
O interesse dos países do Golfo coincide com a busca das principais empresas de tecnologia pelos escassos chips para desenvolvimento de IA. Gigantes chinesas como Tencent e Alibaba também manifestaram interesse na compra desses componentes.
Informações apontam que a Nvidia planeja enviar cerca de 550.000 de seus chips H100 em 2023, majoritariamente para empresas de tecnologia dos EUA.
Em relação à Arábia Saudita, espera-se que a Kaust receba 3.000 desses chips especializados até o final de 2023. A instituição está em processo de construção de um supercomputador, o Shaheen III, que deverá ser ativado ainda este ano.
Emirados Árabes Unidos se preparam para IA
Em contrapartida, os Emirados Árabes Unidos, em 2017, foram pioneiros ao estabelecer um ministério de IA. Recentemente, lançaram um “Guia de IA Generativa” como parte do compromisso governamental com tecnologia e IA.
A falta de parâmetros éticos e de segurança na tecnologia desenvolvida pelos dois países tem sido motivo de preocupação para especialistas em direitos humanos e líderes de IA.
Impulsionados pelos lucros obtidos com petróleo após o aumento dos preços da energia no último ano, ambos os países são detentores de alguns dos fundos de investimento mais expressivos e ativos do mundo.
Durante uma visita à região, Sam Altman, CEO da OpenAI, elogiou a visão de Abu Dhabi sobre a relevância da IA, destacando o potencial da região no cenário global de tecnologia e sua regulamentação.
Créditos

André Lopes
RepórterCom quase uma década dedicada à editoria de Tecnologia, também cobriu Ciências na VEJA. Na EXAME desde 2021, colaborou na coluna Visão Global, nas edições especiais Melhores e Maiores e CEO. Atualmente, é editor de Inteligência Artificial.Mais lidas em Inteligência Artificial
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