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Editor do Future of Money
Publicado em 17 de abril de 2025 às 14h50.
O Standard Chartered divulgou um relatório na última terça-feira, 15, em que afirma que as stablecoins caminham para se tornar um mercado de US$ 2 trilhões até o final de 2028. O principal motivo, segundo o banco, é o avanço na regulação desses ativos nos Estados Unidos.
O relatório aponta que o Congresso norte-americano deve aprovar ainda neste ano um projeto de lei específico para a regulamentação das stablecoins, que são criptomoedas pareadas a outros ativos. O projeto é apoiado por Donald Trump e pelo seu partido, agilizando sua tramitação.
Se a aprovação ocorrer, o Standard Chartered afirma que a oferta total dessas criptomoedas cresceria 10 vezes, passando de um valor atual de US$ 230 bilhões para cerca de US$ 2 trilhões nos próximos três anos. O motivo é a capacidade da legislação de "legitimar" o segmento.
Atualmente, as stablecoins mais comuns e valiosas no mercado são pareadas ao dólar. Isso significa que 1 unidade da stablecoin sempre precisa ser equivalente a US$ 1. Há, ainda, stablecoins menores pareadas a outras moedas fiduciárias, como o euro e o real, e ao ouro.
O Standard Chartered estima que o projeto de lei será sancionado por Donald Trump ainda na metade deste ano. Ele ainda precisa ser analisado e aprovado pelo Senado e pela Câmara dos Representantes. Em março, foi aprovado pelo Comitê de Assuntos Bancários do Senado.
O banco britânico destaca que o salto na oferta de stablecoins também implicaria na compra de US$ 1,6 trilhão em títulos do Tesouro dos EUA. Os títulos são os ativos mais usados pelas emissoras dessas criptomoedas para garantir a paridade entre elas e a moeda norte-americana.
O relatório estima ainda que o crescimento na adoção desses ativos digitais resultaria em uma demanda maior pelo dólar, o que ajudaria a fortalecer a moeda. A possibilidade já foi citada pelo próprio presidente Trump, que vê as stablecoins como uma forma de expandir a hegemonia do dólar.
O projeto de lei traz como uma das principais exigências uma maior transparência na formação das reservas dessas criptomoedas, assim como um rigor maior na escolha de ativos. O Standard Chartered acredita que o modelo que prevalecerá deve se assemelhar ao da Circle, emissora da USDC, e não ao da Tether, emissora da USDT.
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