Musk terá ajuda da Binance e Sequoia para comprar o Twitter
Elon Musk irá dividir as responsabilidades financeiras para a compra do Twitter com outros investidores, de acordo com documento da SEC (Comissão de Segurança e Câmbio dos EUA), publicado nesta quinta-feira, 5. A proposta diminui a pressão do investimento nas contas pessoais do bilionário. Segundo o documento, Musk irá arcar com US$ 37 bilhões em compromisso de capital – enquanto o valor aportado por fundos e empresas será de US$7,1 bilhões.
Entre os novos investidores que entraram no compromisso de dividir o pagamento de US$ 44 bilhões na compra do Twitter, estão: a empresa de criptomoedas chinesa Binance, a gestora Fidelity, o fundo Sequoia, o CEO da Oracle, Larry Ellison e o príncipe saudita Alwaleed.
Com relação aos valores, foram mais de US$ 2 bilhões aportados à oferta. A maior parte veio do Sequoia, que tem na carteira a corretora cripto FTX e a fintech Block (antiga Square), além de grandes empresas como Apple, Instagram, Airbnb e WhatsApp. O Sequoia alocou US$ 800 milhões na proposta.
Já a corretora cripto Binance, a maior do mundo por volume de negociações, investiu US$ 500 milhões, enquanto a gestora Fidelity ofereceu mais de US$ 315 milhões e o fundo Andreesen-Horowitz (a16z), adicionou outros US$ 400 milhões. Larry Ellison, por sua vez, fez o maior aporte, alocando US$ 1 bilhão à oferta.
Os números fazem parte do documento do tipo 13D que foi enviado à SEC, órgão que regulamenta o mercado de investimentos nos EUA, como uma espécie de CVM dos Estados Unidos. Esse documento deve ser preenchido sempre que uma entidade adquirir mais de 5% de participação em uma empresa norte-americana.
Em comemoração ao acontecimento, o CEO da Binance, Changpeng Zhao, utilizou o Twitter para compartilhar a notícia: "Uma pequena contribuição para a causa", afirmou o executivo.
Abaixo seguem as empresas com os maiores compromissos de capital agregado (em milhões de dólares), apresentadas no documento do SEC:
Elon Musk e o mundo cripto
O mercado cripto observa com atenção à operação de compra do Twitter por Elon Musk. Em primeiro lugar, porque o CEO da Tesla e da SpaceX é declaradamente um entusiasta do setor. Depois, porque a rede social é o principal palco para discussões sobre essa tecnologia e sobre a Web3 (ou Web 3.0), que tem a tecnologia blockchain como ponto central.
O Twitter já tem iniciativas relacionadas ao mercado de criptoativos, motivadas, principalmente, por seu ex-CEO Jack Dorsey, que também é um assíduo participante deste mercado. Na rede social, já é possível enviar "caixinha" em cripto para produtores de conteúdo e utilizar NFTs como imagem de perfil, entre outras coisas.