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Remy Sharp
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O mercado de criptomoedas opera com lateralidade nos últimos dias, com leve valorização nesta sexta-feira, 24. O movimento reflete uma cautela de investidores em meio a novos capítulos da crise bancária em grandes economias e também das ações da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) contra empresas do setor.

De acordo com dados da plataforma CoinGecko, o bitcoin acumula uma alta de 1,7% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 27.974. O mercado cripto como um todo tem um crescimento acumulado no mesmo período de 0,9%, com valor total acima de US$ 1 trilhão. O ether também sobe, com ganho de 1,1% e cotado a US$ 1.776,41. Já o token da Arbitrum avança 2,8%, a US$ 1,41, após sua estreia na quinta-feira, 23.

Para Ayron Ferreira, analista-chefe da Titanium Asset, os mercados tradicionais voltaram a ter apreensão quanto à situação dos bancos de grandes economias. Dessa vez, o foco das preocupações é o alemão Deutsche Bank, cujas ações caem mais de 10%. Nos últimos dias, a crise bancária tem sido positiva para as criptomoedas, em especial o bitcoin, considerado uma alternativa ao sistema bancário tradicional.

Por outro lado, a SEC voltou ao radar dos investidores após enviar uma notificação para a Coinbase, maior exchange dos EUA, sobre uma possível violação das leis do país para valores mobiliários. Segundo a corretora, as possíveis violações envolveriam principalmente seu programa de staking, uma renda passiva com cripto, e podem resultar em ações punitivas pela agência.

Ferreira observa que "essa postura pode acabar afastando empresas cripto dos EUA". No momento, as criptomoedas "oscilam, impulsionadas pelo cenário macroeconômico incerto e também pelos temas de regulação do setor, que ainda tendem a ter muita influência na indústria no decorrer do ano". Ele acredita que, no curto prazo, a tendência no setor deverá ser de lateralização, com poucas oscilações significativas depois da forte alta do segmento.

Além disso, os investidores seguem atentos aos próximos passos do Federal Reserve. O banco central dos Estados Unidos confirmou nesta semana uma suavização do ciclo de alta de juros com uma elevação de 0,25 ponto percentual, mas deixou em aberto a possibilidade de novas altas e até uma postura mais dura, se necessário. Para analistas, enquanto o Fed não der mais sinalizações de suavização, o espaço para valorização maior das criptomoedas fica reduzido.

Alta do bitcoin

Para especialistas, a forte alta do bitcoin em 2023 está ligada à mudança de perspectiva do mercado quanto ao ciclo de alta de juros nos Estados Unidos. Os investidores passaram a projetar uma postura mais branda do Federal Reserve  reforçada após as recentes falências bancárias , com altas menores e possíveis cortes já no segundo semestre.

O cenário favorece ativos considerados mais arriscados, caso das criptomoedas, já que torna a renda fixa americana menos atrativa e reduz temores sobre uma possível recessão na maior economia do mundo. Além disso, outros analistas apontam mais motivos que podem estar ajudando o mercado cripto.

Especificamente no caso do bitcoin, especialistas acreditam que a crise no sistema bancário reforça a tese da criptomoeda, que surgiu como uma alternativa descentralizada no sistema financeiro, e por isso está atraindo investidores. Outros apontam uma possível mudança de visão no mercado, com a ideia de que o bitcoin seria um "ouro digital" ganhando mais adeptos.

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