Future of Money

Patrocínio:

Design sem nome (2)
LOGO SENIOR_NEWS

IA vai consumir mais energia que o bitcoin até o final de 2025, aponta estudo

Pesquisa da Universidade de Amsterdã aponta que IA vai ser responsável por 49% de todo o consumo energético de data centers em 2026

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 3 de junho de 2025 às 12h10.

Tudo sobreBitcoin
Saiba mais

Um novo estudo da Universidade de Amsterdã aponta que a inteligência artificial deve superar o consumo energético do bitcoin até o final de 2025. A pesquisa considera a fatia dessas tecnologias em data centers para calcular o consumo energético correspondente, e a IA está em alta nesse aspecto.

O estudo foi conduzido pelo pesquisador Alex de Vries-Gao, famoso pelas duras críticas em relação ao gasto energético do bitcoin e de outras criptomoedas. O consumo de energia no setor cripto está ligado principalmente às operações de "mineração", necessárias para desbloquear unidades dos ativos digitais.

De acordo com as estimativas divulgadas na pesquisa, a demanda energética da IA nos data centers ao redor do mundo deve chegar a 23 gigawatts até 1º de janeiro de 2026. Isso representaria um consumo anual de 201 terawatts-hora. Atualmente, o bitcoin tem um consumo de 176 terawatts-hora por ano.

A pesquisa destaca que o consumo energética dos data centers, já excluindo a parte ligada às criptomoedas, vai superar o de países como o Reino Unido, França, Países Baixos, Irlanda e Suíça. Nesse cenário, o principal problema seria a origem da energia utilizada.

  • Uma nova era da economia digital está acontecendo bem diante dos seus olhos. Não perca tempo nem fique para trás: abra sua conta na Mynt e invista com o apoio de especialistas e com curadoria dos melhores criptoativos para você investir

Há o risco de que os data centers consumam energia proveniente de fontes não-renováveis e poluentes, contribuindo para um aprofundamento de mudanças climáticas e outros impactos ambientais. Para Vries-Gao, as empresas de IA sabem desse problema, mas preferem não abordá-lo.

"As grandes empresas de tecnologia sabem bem dessa tendência, já que empresas como o Google até mencionam que lidaram com uma 'crise de capacidade energética' nos seus esforços para expandir a capacidade dos data centers. Ao mesmo tempo, as empresas preferem não divulgar dados sobre o assunto", destacou.

As fortes críticas em torno do gasto energético da mineração de bitcoin levou a um esforço do segmento para aumentar a participação de fontes renováveis de energia no processo. Um estudo recente da Universidade de Cambridge apontou que mais de 50% da energia usada na atividade vem de fontes renováveis.

É possível que o mesmo movimento ocorra, mas dessa vez entre empresas de inteligência artificial, provedoras de chips e donas de data centers. A tendência também é que o consumo energético do setor aumente ainda mais nos próximos anos, conforme os projetos e uso de IA cresçam no mercado.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | X | YouTube Telegram | TikTok

Acompanhe tudo sobre:BitcoinInteligência artificialData centerMineração de bitcoinCriptomoedas

Mais de Future of Money

Temporada de IPOs em cripto? Corretora OKX avalia abertura de capital nos EUA

Texas aprova criação de reserva estratégica de bitcoin, e projeto avança pelos EUA

Família Trump reduz participação em projeto cripto World Liberty Financial

Méliuz compra mais R$ 157 milhões em bitcoin e supera reserva do Mercado Livre