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Ex-diretor da OpenSea é processado por uso de informações privilegiadas para negociar NFTs

Caso de ex-diretor que usava informações privilegiadas para lucrar com negociações é o primeiro processo por "inside trading" com NFTs da história

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Ex-diretor comprava NFTs que mais tarde seriam destacados na plataforma e cujos preços iriam valorizar (Erlon Silva - TRI Digital/Getty Images)

Ex-diretor comprava NFTs que mais tarde seriam destacados na plataforma e cujos preços iriam valorizar (Erlon Silva - TRI Digital/Getty Images)

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Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 2 de junho de 2022 às, 15h44.

Um ex-funcionário da OpenSea, a maior plataforma de negociação de NFTs do mundo, está sendo processado pelo Departamento de Justiça dos EUA (DoJ, na sigla em inglês) pela prática de uso de informações privilegiadas para negociação de ativo, prática conhecida como "insider trading". É o primeiro caso do tipo envolvendo NFTs no mundo.

De acordo com a acusação, o então diretor de Produtos da OpenSean, Nathaniel Chastain, teria comprado dezenas de NFTs na plataforma com base em informações privilegiadas - o caso mais comum era a compra de tokens de coleções que mais tarde seriam destacadas na página principal da plataforma, uma forma de promover determinados NFTs e que, em geral, fazem com que a demanda - e, consequentemente, também o preço - aumente bastante.

(Mynt/Divulgação)

O processo afirma que, com o conhecimento prévio de quais coleções seriam destacadas na página principal da OpenSea, Chastain comprou cerca de 45 NFTs entre junho e setembro de 2021 que, mais tarde, ele vendia por duas ou três vezes o seu valor inicial. "[Nathaniel] Chastain usou um esquema antigo para praticar 'insider trading' usando seu conhecimento de informações confidenciais para comprar dezenas de NFTs antes de serem apresentados na página inicial do OpenSea” disse Michael J. Driscoll, diretor do FBI responsável pela investigação.

Na tentativa de esconder as operações, o ex-funcionário da plataforma utilizava carteiras de criptoativos focados em privacidade e contas anônimas na OpenSea. Usuários da plataforma trouxeram o caso à tona ainda no ano passado, quando conseguiram provar o vínculo das transações com Chastain.

A repercussão do caso levou a OpenSea a afirmar que investigaria o caso e, mais tarde, a empresa decidiu desligar o funcionário do que seu quadro de colaboradores. Agora, entretanto, a história se transformou em uma ação judicial que pode levar Nathaniel Chastain à prisão. Ele é acusado pelos crimes de lavagem de dinheiro e fraude financeira, cujas penas podem chegar a 20 anos de cadeia.

"NFTs podem ser novos, mas esse tipo de esquema criminoso não é. As acusações de hoje demonstram o compromisso deste gabinete em acabar com o uso de informações privilegiadas, seja no mercado de ações ou no blockchain", disse o promotor Damian Williams, um dos responsáveis pelo processo.

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