Drex: Banco do Brasil e cooperativas realizam 1ª transação de títulos tokenizados
Além das instituições, BV e Inter também realizaram uma negociação bem-sucedida envolvendo os títulos públicos tokenizados pelo Banco Central
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Drex tem previsão de lançamento para o público até o início de 2025 (Banco Central/Divulgação/Divulgação)

Publicado em 15 de setembro de 2023 às, 18h00.
Última atualização em 15 de setembro de 2023 às, 19h02.
O Banco do Brasil e um consórcio de cooperativas financeiras formado pelo Sicoob, Sicredi, Alios, Cresol e Unicred realizaram na última quinta-feira, 14, a primeira transação bem-sucedida de títulos públicos tokenizados no ambiente de testes do piloto do Drex. Os tokens foram emitidos pelo próprio Banco Central e enviado para os participantes da etapa.
De acordo com as instituições, foram negociadas versões tokenizadas de Títulos Públicos Federais enviados para o Banco do Brasil. Já na última quarta-feira, 13, também foi anunciada a transação de tokens emitidos pelas próprios instituições financeiras, a partir do chamado Real Tokenizado, com foco em demonstrar interoperabilidade do Drex.
Em um comunicado, o consórcio formado pelas cooperativas financeiras destacou que a transação com o Banco do Brasil "representa um marco importante na evolução das tecnologias financeiras e da colaboração entre instituições financeiras líderes no Brasil. Estamos comprometidos em continuar encontrando oportunidades de colaboração e pesquisa para impulsionar o desenvolvimento do SFN e das finanças digitais no Brasil".
Pouco depois da primeira transação realizada entre as instituições, o BV e o Inter também anunciaram que concluíram uma negociação de títulos públicos tokenizados usando o Drex. Nesse caso, a versão digital do real é usada como um instrumento de liquidação dos valores negociados, enquanto a operação ocorre na rede blockchain usada nos testes.
“Este é o fluxo mais importante do piloto, pois testa a programabilidade — capacidade essencial do que se espera do Drex”, avaliou João Gianvecchio, head de Digital Assets do banco BV. Já Bruno Grossi, gerente de tecnologia do Inter, destacou que a transação "marca um avanço significativo no projeto do Banco Central. Sendo um dos mais importantes casos de uso propostos para o projeto, a sua viabilidade por parte do Bacen, comprovadas por essas transações, traz uma boa perspectiva do quão rápidas, eficientes e seguras podem ser as operações com ativos financeiros nessa nova base tecnológica do blockchain".
A emissão dos tokens foi anunciada pelo Banco Central na segunda-feira, 11, com a criação de versões fictícias de Letras do Tesouro Nacional (LTNs) e Letras Financeiras do Tesouro (LFTs). A tokenização é o processo de registro de ativos em uma rede blockchain, que passam a contar então com tokens correspondentes.
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Avanços no piloto do Drex
O Banco Central também informou que, dos 16 grupos selecionados para participar do piloto, 11 já contam com nós, que são pontos de acesso e operação, em funcionamento na rede. Com isso, "vários tipos de operações têm sido simuladas tanto no atacado quanto no varejo".
Entre essas operações, a autarquia cita "criação de carteiras, emissão e destruição de Drex e transferências simuladas entre bancos e entre clientes". Além disso, "todos os participantes conectados já realizaram ao menos alguns desses tipos de transações".
O comunicado revelou ainda que, nos últimos 50 dias, já foram concluídas de forma bem-sucedida cerca de 500 operações. O Banco Central anunciou recentemente um adiamento do fim da fase do piloto para maio de 2024, mas os dados mostram que as operações entre os participantes seguem avançando.
Na semana passada, os bancos Bradesco, Inter e Caixa Econômica Federal realizaram a primeira transferência simultânea entre três bancos envolvendo o Drex.
Anteriormente, o Itaú e o BTG Pactual realizaram a primeira transferência interbancária do piloto, enquanto o Banco do Brasil e a Caixa tiveram a primeira transferência entre bancos públicos e o Inter e a Caixa anunciaram a primeira troca entre um banco público e um banco privado.
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Créditos

João Pedro Malar
Repórter do Future of MoneyFormado em Jornalismo pela ECA-USP, onde atualmente é mestrando em Comunicação. Ingressou na EXAME em 2022 e cobre temas ligados à digitalização da economia, como criptomoedas e meios de pagamentos.Últimas Notícias
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