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Consultores financeiros dos EUA acreditam em bitcoin a US$ 100 mil em até 5 anos

Pesquisa mostra que profissionais, que gerencia metade dos investimentos nos EUA, aumentaram confiança e alocações em criptoativos

 (SKapl/Getty Images)

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Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 13 de janeiro de 2021 às 13h35.

Última atualização em 13 de janeiro de 2021 às 13h36.

Os consultores financeiros dos Estados Unidos estão confiantes no futuro dos criptoativos e aumentando sua participação neste mercado. Dados de uma pesquisa divulgada na terça-feira (12), mostram que esses profissionais, que gerenciam metade dos investimentos feitos nos EUA, aumentaram as alocações em cripto em 49% ao longo de 2020. A pesquisa também aponta que muitos deles acreditam que o bitcoin custará mais de 100 mil dólares em até cinco anos.

O aumento da confiança dos consultores financeiros sobre a alta no preço do bitcoin é significativo. Se hoje 15% acreditam que o preço será superior a 100 mil dólares em até cinco anos, a edição de 2020 do levantamento (referente ao ano de 2019) mostrava que apenas 4% dos entrevistados tinham essa confiança - ou seja, o crescimento no número de consultores financeiros com essa opinião cresceu quase 300% no último ano. Outros 16% acreditam que o preço ficará entre 50 mil e 100 mil dólares, ainda bastante acima da cotação atual, de 34 mil dólares.

O número de consultores que acreditam que o valor do bitcoin pode cair a zero é outro indicativo no aumento da confiança no mercado, já que o número despencou — hoje, apenas 4% dos profissionais acreditam nisso, contra 8% da última edição e 14% do ano anterior.

 

Promovida pela Bitwise, que negocia fundos e índices de criptoativos nos EUA, a pesquisa também indica que a alta no preço dos criptoativos em 2020 — estimada em 300% pela companhia — é o principal motivo para o aumento do interesse dos profissionais por este mercado. Até 2019, apenas 6,3% dos consultores financeiros dos EUA faziam alocações em criptoativos. O número passou para 9,4% em 2020.

"Os resultados da pesquisa mostram um aumento claro e notável no interesse e nas alocações em criptoativos entre os consultores financeiros. Ainda assim, eles também são um lembrete de que ainda estamos no início do desenvolvimento dos criptoativos como uma alocação convencional. Muitos consultores ainda estão na fase de aprendizado e aguardam os principais desenvolvimentos regulatórios antes de investir em nome de seus clientes", diz Matt Hougan, CIO da empresa responsável pelo levantamento, que entrevistou 994 consultores financeiros certificados dos EUA em dezembro de 2020.

O levantamento traz outros dados relevantes: entre os profissionais que ainda não tem exposição aos criptoativos, 17% afirma que "certamente" ou "provavelmente" o farão ao longo de 2021. No ano passado, o número era de apenas 7%. A baixa correlação com outros ativos, diz a pesquisa, é o principal motivo para adicionar criptoativos em portfólios de investimento para 54% dos entrevistados.

A pesquisa ainda mostra que o potencial dos criptoativos de servir como "refúgio" contra a inflação também se tornou um dos maiores atrativos deste mercado. Se em 2019 apenas 9% dos entrevistados citaram essa característica, o número quase dobrou em 2020, chegando a 25% dos participantes da pesquisa.

O interesse dos investidores também aumentou: 81% dos consultores afirmaram terem sido questionados sobre criptoativos por seus clientes, ante 76% em 2019. 76% dos consultores afirmaram também que os seus clientes "estão investindo" ou "poderão investir" em criptoativos por conta própria.

Conduzida no início de dezembro, quando o bitcoin vinha em forte movimento de alta e valia cerca de 20 mil dólares, a opinião de alguns consultores pode ter mudado desde então, principalmente em relação ao preço, já que o ativo seguiu sua tendência de alta até o início desta semana, quando atingiu quase 42 mil dólares.

No curso "Decifrando as Criptomoedas" da EXAME Academy, Nicholas Sacchi, head de criptoativos da Exame, mergulha no universo de criptoativos, com o objetivo de desmistificar e trazer clareza sobre o funcionamento. O especialista usa como exemplo o jogo Monopoly para mostrar quem são as empresas que estão atentas a essa tecnologia, além de ensinar como comprar criptoativos. Confira.

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