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Caixa, Elo e Microsoft fazem 1ª compra de títulos públicos via Drex em leilão

Consórcio formado pelas empresas realizou operação, concluída em cinco segundos, no ambiente de testes criado pelo Banco Central

Drex tem previsão de lançamento para o público até o início de 2025 (Reprodução/Reprodução)

Drex tem previsão de lançamento para o público até o início de 2025 (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 29 de setembro de 2023 às 15h57.

O consórcio formado pela Caixa Econômica Federal, a Elo e a Microsoft anunciou nesta sexta-feira, 29, que realizou a primeira compra bem-sucedida de títulos públicos em um leilão do Tesouro Nacional por meio do Drex, a versão digital do real. A operação ocorreu no ambiente de testes do Banco Central.

De acordo com as empresas, a operação envolveu a aquisição de tokens de Letras do Tesouro Nacional, as LTNs, disponibilizadas pelo próprio Banco Central para os testes. O valor da compra foi de R$ 986 mil, mas a operação não envolve valores reais, servindo como uma simulação por meio de ativos virtuais.

Em comunicado, o consórcio explicou que "a troca de ativos foi efetivada de maneira instantânea, conhecida como Entrega Versus Pagamento, ou DvP na sigla em inglês, possibilitada pela tecnologia blockchain. A transação representa um recorde e foi realizada em cinco segundos, um avanço tecnológico na comparação com o prazo padrão da modalidade de até dois úteis".

A presidente da Caixa, Maria Rita Serrana, destacou que "essa conquista demonstra nosso compromisso em adotar tecnologias inovadoras e impulsionar a eficiência e inclusão nos serviços financeiros. Estamos comprometidos em continuar a liderar essa transformação e a explorar o potencial do Real Digital para beneficiar o povo brasileiro e a economia como um todo".

A Caixa informou que estuda casos de uso do Drex para o pagamento de benefícios sociais por meio de moedas tokenizadas, além de utilizá-lo para ter "uma forma mais ágil de realizar financiamentos habitacionais, que, atualmente, leva em média 25 dias até o registro em cartório".

Já Eduardo Merighi, responsável pela área de produtos e tecnologia da Elo, afirmou que "estamos conseguindo provar neste momento que é possível sim, com tecnologia, método e desejo por disrupção, aumentar a eficiência e proporcionar acesso e inclusão a um leque maior de serviços financeiros".

Júlio Gomes, vice-presidente de serviços financeiros da Microsoft Brasil, disse ainda que "o poder computacional da nuvem, atrelado às camadas de segurança que são nativas de nossa solução, são elementos fundamentais para construir soluções financeiras robustas, ágeis e seguras. Essa colaboração promissora entre as empresas está moldando o futuro das transações financeiras no país".

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Avanços do Drex

Nas últimas semanas, os consórcios que integram a fase de testes com o piloto do Drex anunciaram diversos avanços no projeto. O Itaú e o BTG Pactual realizaram a primeira transferência interbancária do piloto, enquanto o Banco do Brasil e a Caixa tiveram a primeira transferência entre bancos públicos e o Inter e a Caixa anunciaram a primeira troca entre um banco público e um banco privado.

Além disso, os bancos Bradesco, Inter e Caixa Econômica Federal realizaram a primeira transferência simultânea entre três bancos envolvendo o Drex. O Banco Central ressaltou o avanço do projeto em um relatório, projetando que o Drex deverá estar disponível para a população até o início de 2025.

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