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Remy Sharp
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O bitcoin mantém uma trajetória de alta nesta segunda-feira, 20, apoiado na continuidade do otimismo entre investidores sobre a política de juros do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos. O mercado de criptomoedas como um todo tem sido beneficiado pela perspectiva de um abrandamento do combate à inflação no país.

De acordo com dados do CoinGecko, a maior criptomoeda do mercado acumula uma alta de 2,6% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 28.196. Já o setor cripto como um todo acumula uma valorização de 1,6%, com um valor de mercad0 superior a US$ 1 trilhão. Dentre as 15 maiores criptos, o sol, do blockchain Solana, lidera com ganhos de 8,1%, a US$ 23,61.

A última vez em que o bitcoin atingiu o nível de preço atual foi em junho de 2022, antes de uma intensa queda gerada pela junção do início do ciclo de alta de juros nos Estados Unidos e problemas internos do segmento cripto. Em sete dias, a criptomoeda já valorizou 28,4%, superando os patamares atingidos durante a valorização em janeiro deste ano. Além disso, o ativo supera outros investimentos mais tradicionais, como o ouro e o Ibovespa.

Ayron Ferreira, analista-chefe da Titanium Asset, destaca que a criptomoeda "se descolou dos índices acionários" e avança mesmo diante de um "cenário turbulento na economia". "Se antes a correlação era forte com o S&P500 e o Nasdaq, agora o preço do bitcoin parece ter criado vida própria, pelo menos nesse momento, e sobe junto com o puro, ativo historicamente conhecido por ser uma reserva de valor e que está indo rumo bater novas máximas históricas".

"Devemos entender melhor os motivos para esse descolamento nos próximos meses e entender se o bitcoin está sendo observado como uma reserva de valor ou é um movimento temporário. O fato é que o bitcoin surgiu justamente durante uma crise bancária, onde o Fed e demais BCs foram obrigados a intervir", explica o analista.

Especialistas têm apontado que um dos principais motivos para a valorização recente do ativo é a busca de investidores por alternativas seguras de investimentos e independentes em relação a intervenções de bancos centrais. Outros destacam também a perspectiva de que a crise bancária levará a um ciclo de alta de juros mais suave nos EUA, o que beneficia ativos considerados de risco.

Reunião do Fed e o bitcoin

Nesse sentido, Ferreira observa que será importante ficar atento à reunião de definição de juros do Federal Reserve, que terminará na próxima quarta-feira, 22. O mercado espera agora uma alta de 0,25 ponto percentual e sinalizações de uma postura mais branda pela autarquia. "A situação do sistema bancário deve permanecer no radar do mercado, já que não se sabe os desdobramentos e se mais bancos terão que ser socorridos", complementa Ferreira.

Já a corretora de criptomoedas Bybit avalia que "a semana promete grandes movimentos para o bitcoin, já que os touros passaram por cima da resistência de US$ 25 mil, tornando ela suporte e já buscam elevar o bitcoin acima do suporte psicológico de US$ 30 mil".

"Fatores macroeconômicos devem ser favoráveis ao bitcoin nesta semana, já que a crise bancária nos EUA acabou fortalecendo as criptomoedas. Neste domingo, o​​s principais bancos centrais do mundo anunciaram a coordenação para aumentar o fornecimento de liquidez por meio de acordos permanentes de linhas de swap em dólares americanos", ressalta a empresa.

A exchange afirma ainda que o último período de injeção de liquidez no mercado, entre 2020 e 2021, ajudou na forte alta das criptomoedas, e que esse movimento pode se repetir agora. E  um elemento central para confirmar isso será a reunião do Fed nesta semana, que pode "favorecer ainda mais" o setor de criptomoedas.

"Ao contrário das semanas anteriores, nas quais havia medo com relação ao desenvolvimento do mercado, esta semana promete ser de alta para o bitcoin, que já iniciou a segunda com forte valorização. Nada impede que os touros consigam romper a resistência de US$ 30 mil e encontrem um topo na semana próximo de US$ 32 a 33 mil", ressalta a exchange.

Entretanto, caso a reunião do Fed não siga as expectativas do mercado, a Bybit acredita que a criptomoeda pode retroceder para um patamar inferior a US$ 25 mil, mas ainda acima de US$ 23 mil. Mesmo assim, no momento, ela diz que "é difícil imaginar um cenário de baixa", já que a cripto tem sido vista cada vez como uma reserva de valor.

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