ESG: O que é capitalismo de stakeholders?

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25 de março de 2024 , 15:21

ESG: O que é capitalismo de stakeholders?

À medida em que temas relacionados à sustentabilidade se popularizam, termos como “capitalismo de stakeholders” começam a sair do ambiente acadêmico e ganham mais relevância em salas de reunião e pautas de planejamento.

O conceito de capitalismo, geralmente, pode não ser bem visto por parte da sociedade  por estar associado, em alguns casos, à exploração econômica e à degradação do meio ambiente. No entanto, o capitalismo de stakeholders aparece com uma proposta mais humanizada, que visa equilibrar desenvolvimento consciente, lucro e a criação de valor de marca a longo prazo. 

Continue esta leitura e descubra o conceito de capitalismo de stakeholders, suas características e como essa temática se encaixa no mercado.

O que é capitalismo de stakeholders?

O termo “capitalismo de stakeholders” (ou capitalismo das partes interessadas, em tradução livre) foi popularizado por Klaus Schwab. O economista definiu, ainda, outros dois tipos de capitalismo: o de acionistas e o de estado.

O primeiro é o modelo presente hoje na maior parte do planeta. Guiado pelo lucro, esse modelo promoveu, ao longo de décadas, prosperidade, geração de empregos e abertura de novos mercados. Já o segundo é um modelo em que o estado tem a tarefa de definir os rumos da economia – a China é o principal exemplo de capitalismo de estado.

No artigo Stakeholder Capitalism: A Global Economy that Works for Progress, People and Planet, escrito juntamente com Peter Vanham, os autores definem capitalismo de stakeholders como: 

“Uma forma de capitalismo em que as empresas não apenas otimizam os lucros de curto prazo para os acionistas, mas também buscam a criação de valor de longo prazo, levando em conta as necessidades de todas as partes interessadas e da sociedade como um todo”.

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Quem são os stakeholders?

Certamente, as empresas que adotam as diretrizes ESG como um propósito, indo além de suas obrigações legais e deveres para com a sociedade, já possuem um diferencial competitivo.

Para que líderes e empresários consigam deixar sua marca no mundo por meio de iniciativas que visam a sustentabilidade ambiental, social e de governança, quatro partes interessadas (stakeholders) desempenhem papeis centrais, segundo Schwab:

  • Governos, com a missão de gerar, para a maior quantidade possível de pessoas, mais prosperidade;
  • Sociedade civil, para promoção do interesse social, dando propósito aos que participam da sociedade;
  • Empresas privadas de qualquer porte, cujo objetivo é alcançar um superávit econômico que pode ser mensurado em lucros no curto prazo e, ao mesmo tempo, gerando valor a longo prazo;
  • Comunidade internacional, formada por organizações internacionais ou regionais (ONU, União Europeia, entre outras), cujo objetivo é a preservação da paz.

Pilares do capitalismo de stakeholders

A fim de oferecer às empresas um modelo de negócios focado no capitalismo de stakeholders, que contemple as diretrizes ESG e que as iniciativas possam ser seguidas e mensuradas, o documento Measuring Stakeholder Capitalism, produzido pelo Fórum Econômico Mundial, elenca 55 métricas, divididas entre quatro principais pilares que devem ser observados:

  1. Governança - que estabelece critérios para avaliar a ética corporativa,gerenciamento de riscos, oportunidades e os princípios de transparência;
  2. Planeta - análise dos impactos ambientais, criação de políticas de sustentabilidade entre outros;
  3. Pessoas - refere-se à maneira como a organização cuida e investe nos colaboradores e seu bem-estar;
  4. Prosperidade - avaliação de indicadores voltados ao número de funcionários, investimentos em tecnologia, geração de negócios sustentáveis e outros.

Em que momento estamos nesta discussão

O capitalismo de stakeholders pode ser visto como um ponto de equilíbrio entre o lucro e a sustentabilidade, uma vez que coloca as empresas como gestoras dos interesses da sociedade, produzindo soluções lucrativas para os problemas das pessoas e do planeta. 

É possível observar que o capitalismo de stakeholders possui uma conexão direta com as diretrizes ESG. Um estudo da Comissão de Valores Imobiliários (CVM), estima que cerca de 36% dos ativos globais sob gestão estão investidos a partir de algum critério de sustentabilidade.

Segundo o último Fórum Econômico Mundial (2020), as corporações capazes de alinhar os seus objetivos com os objetivos de uma sociedade, como aqueles articulados nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU, são as mais preparadas para criar valor a longo prazo. 

No capitalismo de stakeholders, as empresas produzem resultados positivos para os negócios, para a economia, para a sociedade e para o planeta. Com isso, o sucesso de uma organização passa a ser medido não só pelos retornos financeiros que ela traz, mas também pela preocupação em relação à sustentabilidade em suas operações e com o desenvolvimento de toda a sociedade.

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ESG: a sigla que estão transformando a sociedade, o planeta e os negócios 

Os desafios globais têm exigido uma postura diferente das empresas para um crescimento sustentável. Essas transformações têm impactado diretamente o modelo de gestão, que precisa desenvolver estratégias mais complexas para atuar segundo as diretrizes ESG.

Segundo a pesquisa realizada pelo Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 78,4% das empresas no Brasil já adotaram a agenda ESG em suas operações e 59,5% já incluem ações ESG no orçamento.

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