Esporte

Quanto vale uma onda? WSL estima que superou R$ 80 milhões com etapa brasileira do Mundial de Surfe

Entidade aguarda números oficiais, mas celebra recorde de público e ativações comerciais durante as baterias

O grupo americano ainda aguarda o relatório de impacto econômico que será divulgado junto à Ernst & Young, empresa especializada em consultoria (WSL/Divulgação)

O grupo americano ainda aguarda o relatório de impacto econômico que será divulgado junto à Ernst & Young, empresa especializada em consultoria (WSL/Divulgação)

Vinicius Lordello
Vinicius Lordello

Especialista em Gestão de Reputação e Crises no Esporte

Publicado em 7 de julho de 2023 às 17h22.

Última atualização em 7 de julho de 2023 às 17h28.

Com o fim da etapa do Championship Tour, em Saquarema, a World Surf League (WSL), entidade que promove o torneio, destaca o crescimento da competição fora do universo esportivo. De acordo com Ivan Martinho, presidente da Liga na América Latina, os organizadores estimam mais de R$ 80 milhões de impacto econômico durante o campeonato, entre vendas de produtos, ações de patrocinadores e gastos dos turistas.

O grupo americano ainda aguarda o relatório de impacto econômico que será divulgado junto à Ernst & Young, empresa especializada em consultoria. Mas durante a semana de competições, mais de 300 mil pessoas passaram pela Praia de Itaúna para acompanhar a edição, que culminou no título do brasileiro Yago Dora. Foi a oitava etapa da temporada. Serão mais duas até o WSL Finals, evento que decide o campeão mundial. Nos últimos oito anos, o troféu ficou no Brasil em seis oportunidades.

(WSL/Divulgação)

Patrocinadores

Em 2023, além da Vivo, que detém os naming rights do projeto, a WSL também contou com o apoio de players globais como Apple, Australian Gold, Corona, Banco do Brasil, Oakberry, Red Bull, Natura Kaiak, entre outros. “A etapa brasileira do circuito já está consolidada como um dos grandes eventos do entretenimento brasileiro. No âmbito econômico, o Vivo Rio Pro também se tornou uma fonte de renda importante para a região”, comenta Ivan, presidente da WSL.

A sustentabilidade também foi pauta durante a semana. A meta era superar a marca de 1,2 tonelada de resíduos arrecadados em 2022. Nas redes sociais, a Corona convidou influenciadores para interagirem com os fãs na praia e conscientizarem sobre o descarte correto do lixo. Além disso, a WSL One Ocean, entidade sem fins lucrativos, também realizou ações para preservar o ecossistema da região. “As iniciativas estão alinhadas com nossos objetivos de deixar um legado para o esporte e praias por onde passamos. A empresa tem um calendário global com ações deste tipo em todos os lugares do mundo. Evitamos acordos comerciais com grupos que não estão alinhados com práticas de ESG”, ressalta Ivan.

Com o mar sem condições para a prática do surfe em alguns dias das baterias, o destaque ficou para as ativações promovidas para entreter o público presente. Além das lojas oficiais, piscinas com ondas estáticas para os fãs, a etapa brasileira contou com mais de 70 mil pessoas para acompanhar a apresentação da Esquadrilha da Fumaça, grupo que realiza acrobacias aéreas e raramente participa de eventos esportivos no país. No ramo empresarial, a Liga realizou a primeira edição do WSL Academy, curso voltado para mostrar os desafios na organização de eventos desta magnitude. A ação teve o apoio da HSM, maior plataforma de educação corporativa do país.

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