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Maior artilheiro da seleção italiana, Gigi Riva morre aos 79 anos

Jogador marcou um dos gols na semi da Copa de 70, que levou a Itália à final, a qual perderia para o Brasil, liderado por Pelé

Gigi Riva: Apelidado de 'Rombo di Tuono' (rugido do trovão) pela força do seu chute, ele fez história no futebol italiano (Maurizio Lagana/Getty Images)

Gigi Riva: Apelidado de 'Rombo di Tuono' (rugido do trovão) pela força do seu chute, ele fez história no futebol italiano (Maurizio Lagana/Getty Images)

Agência o Globo
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Publicado em 23 de janeiro de 2024 às 07h28.

A Itália está de luto por um dos maiores jogadores de futebol de sua história, Gigi Riva, que morreu na segunda-feira aos 79 anos. Luigi (conhecido como Gigi) Riva, foi campeão europeu em 1968 e vice-campeão Copa do Mundo em 1970, sofreu um problema cardíaco no domingo em sua casa e foi internado no hospital de Cagliari, a cidade onde passou quase toda a sua carreira de jogador entre 1963 e 1977.

Em 1970, seus 21 gols em 30 jogos levaram o Cagliari, seu time de longa data, a um título histórico, já que foi a primeira vez que o 'Scudetto' foi para um time do sul. Pela seleção, foram 35 gols em 42 jogos.

“É um verdadeiro monumento nacional que ele nos deixou, Gigi Riva encarnou o mito do homem livre e do extraordinário jogador de futebol”, declarou o presidente da FIGC, Gabriele Gravina, em comunicado.

Apelidado de 'Rombo di Tuono' (rugido do trovão) pela força do seu chute, ele fez história no futebol italiano. Com 35 gols em 42 jogos, é o maior goleador da história da Nazionale, com quem se sagrou campeão europeu em 1968.

Melhores páginas do México-1970

Mas foi na Copa do Mundo de 1970 que escreveu as páginas mais bonitas de sua carreira como jogador de futebol. Ele foi, junto com Gianni Rivera, um dos protagonistas da semifinal vencida por 4 a 3 pela Itália contra a Alemanha, considerada uma das melhores partidas da história do torneio.

Riva marcou um dos cinco gols marcados na louca prorrogação que levou a Itália à final, que perderia para o Brasil de Pelé (4-1).

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, elogiou, por sua vez, “uma grande atleta que fez a história do ‘cálcio’ e da nossa seleção”. Durante a disputa da final da Supercopa da Itália, nesta segunda-feira em Riad, na Arábia Saudita, os jogadores de Inter de Milão e Napoli observaram um minuto de silêncio antes do início do segundo tempo.

O artilheiro do Calcio em 1967, 1969 e 1970, considerado pelo escritor e cineasta Pier Paolo Pasolini como um poeta da bola, esteve perto de ganhar a Bola de Ouro: segundo em 1969, atrás de seu compatriota Gianni Rivera, depois terceiro em 1970, atrás do alemão Gerd Muller e do inglês Bobby Moore.

Os clubes da Série A italiana, começando pelo Cagliari, prestaram homenagem a Riva, "um mito italiano", segundo a AS Roma. Um minuto de silêncio será observado em todos os campos do país antes de cada partida, que começa terça-feira e termina domingo, informou a FIGC.

Embora não tivesse a fama mundial do brasileiro Mario Zagallo ou do alemão Franz Beckenbauer, falecido este ano, Riva foi, segundo o presidente da FIFA, Gianni Infantino, "um campeão atemporal (...) a história do futebol é um quebra-cabeça que perdeu uma de suas peças mais bonitas"

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