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Enchentes no Rio Grande do Sul: após um ano, ONG Teto Brasil inicia construção de centro comunitário

Centro comunitário em Porto Alegre vai oferecer apoio à população do Quilombo dos Machado após catástrofe climática

O Quilombo dos Machado, em Porto Alegre, foi uma das comunidades mais afetadas (Ricardo Stuckert/Presidência da República/Divulgação)

O Quilombo dos Machado, em Porto Alegre, foi uma das comunidades mais afetadas (Ricardo Stuckert/Presidência da República/Divulgação)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 29 de abril de 2025 às 15h00.

Há um ano, o Rio Grande do Sul registrava um volume recorde de chuvas, com precipitações superiores a 700 mm em algumas áreas, o que resultou em enchentes que devastaram o Estado. Durante a semana entre 27 de abril e 2 de maio, a chuva foi especialmente intensa. Na capital Porto Alegre, o total registrado em maio foi de 513,6 mm, enquanto a média para o mês é de 112,8 mm.

Mais de 209 mil famílias foram afetadas, sendo as áreas mais vulneráveis as favelas e comunidades precárias, que já enfrentavam desafios habitacionais antes da catástrofe. Em algumas regiões, cerca de 300 mil imóveis foram invadidos pelas águas.

O Quilombo dos Machado, em Porto Alegre, foi uma das comunidades mais afetadas. Com 246 famílias, muitas das quais perderam seus pertences durante as enchentes, o local enfrenta ainda hoje sérias dificuldades para sua reconstrução. Cerca de 33% das moradias são de madeira, e muitas das ruas são de terra, o que agrava ainda mais a situação das famílias.

A população local ainda luta para recuperar o que perdeu, enfrentando uma emergência habitacional que já existia antes das chuvas, mas que foi intensificada pela catástrofe.

Reconstrução de centro comunitário

Por isso, a TETO Brasil, organização que atua desde 2006 para erradicar a pobreza por meio da construção de moradias e soluções de infraestrutura em comunidades vulneráveis, anunciou que começará a construção de um centro comunitário no Quilombo dos Machado, ao final de maio.

O centro será construído utilizando a tecnologia de steel frame, que permite uma obra rápida e com menor geração de resíduos. A estrutura terá 72 m², o que representa um aumento em relação ao centro atual, que é aberto nas laterais e não oferece a segurança necessária para abrigar encontros e atividades comunitárias.

O novo espaço será essencial para a organização local, pois servirá como ponto de encontro para os moradores e um local para a distribuição de doações recebidas. Além disso, o centro contribuirá para o fortalecimento da organização comunitária em uma área que ainda busca soluções para os problemas habitacionais e estruturais.

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