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Remy Sharp
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No mês de maio, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), por meio do Deter, levantamento sobre modificações na floresta amazônica, identificou 812,32 km² de área desmatada da série. Porém, levando em consideração o segundo trimestre deste ano, pode-se observar o início de uma possível tendência de alta – fator de atenção para os próximos meses.

O desmatamento identificado teve uma diminuição, quando considerado o mês neste ano e no anterior. Em 2022, foram identificados 899,64 km² de área desmatada em maio. Se for considerado os últimos quatro anos, o mês de maio de 2023 tem o menor desmatamento da série. 

Outro detalhe importante é que maio corresponde ao mês de transição para o período seco na Amazônia. "Agora, devemos cobrar maior pressão para a contenção, porque é esperado que o desmatamento se intensifique devido a chegada da estação seca", observou Talita Assis, especialista em ESG na EXAME

Além disso, pensando em contenção do desmate, o período contou com um fato importante: o lançamento oficial do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), lançado em 2004. A fase cinco, que é a fase atual do projeto, conta com alguns eixos: atividades produtivas sustentáveis, monitoramento e controle ambiental, ordenamento fundiário e territorial e instrumentos normativos e econômicos – com o objetivo de criação de áreas de conservação. Para saber mais sobre o plano, leia aqui

As regiões que mais desmataram

Em maio deste ano, o Pará permanece como primeiro colocado na lista de estados com maior área de desmatamento totalizando 19.954,74km de áreas desmatadas no estado. Em abril, o estado apresentou 19.709,59 km² de desmate. Em segundo lugar, o Mato Grosso segue com 11.652,98 km², seguido pelo Amazonas, com 10.175,56 km², Rondônia, com 8.215,3 km², e Acre, 2.509,83 km², estão entre os estados com maiores áreas desmatadas. 

Ainda sobre maio de 2023, o desmatamento de solo exposto foi a principal causa dos índices do mês (com 8.729,39 km²), seguido por degradação (3.394,1 km²) e cicatriz de incêndios florestais (2.007,94 km²).

Entenda como é calculado o desmatamento na Amazônia

Este texto teve como base os dados apresentados no Deter, que é o sistema de monitoramento e alerta de desmatamento e outras alterações da cobertura florestal amazônica, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para apoiar outros dados mapeados e mobilizar e munir o Ibama e demais órgãos.

O Deter funciona para ajudar na fiscalização de detecção de desmatamento da vegetação dentro da Amazônia Legal Brasileira, sem considerar áreas que foram desmatadas previamente. Vale ressaltar que o Deter se trata de uma estimativa, ou seja, não é um número fechado.

Também existe a taxa consolidado de desmatamento (também conhecida como “taxa anual de desmatamento”) do Prodes, que deve ser apresentado somento no primeiro semestre do ano. Mas, historicamente, há pouca divergência entre as taxas estimadas e consolidadas.

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