Exame logo 55 anos
Remy Sharp
Acompanhe:

A Cosan divulgou, nesta terça-feira, 6, um conjunto de objetivos e direcionadores que irão nortear as decisões de investimento do grupo até o final da década. Chamado de Visão 2030, o documento apresenta diretrizes sobre os principais aspectos do ESG (meio ambiente, social e governança, na sigla em inglês), como mudanças climáticas, diversidade e impacto social.

“Como holding, tínhamos um controle mais informal dessas questões. O que estamos fazendo agora é formalizar nossos objetivos para dar mais transparência tanto internamente, na gestão das controladas, quanto externamente, no relacionamento com investidores”, afirma Marina Carlini, head de ESG do grupo.

O documento vem sendo discutido há cerca de nove meses e envolveu o conselho da holding, a diretoria das controladas e outros stakeholders. Segundo Carlini, foram conduzidas mais de 60 entrevistas com lideranças. O desafio, diz a executiva, foi encontrar denominadores comuns. “As empresas do grupo já tinham políticas ESG, e elas seguem valendo. A Visão 2030 estabelece metas compartilhadas.”

Gestão dos ativos

As diretrizes também direcionarão aquisições que possam vir a acontecer no futuro. A ideia é que a holding atue como uma gestora de portfólio, e tome decisões com base no que está formalizado na estratégia ESG. Acima dessas diretrizes, está o conceito de transição energética, que já vinha orientando as decisões da holding no que se refere à estratégia de mercado.  

Atualmente, a Cosan se divide em quatro segmentos: energias renováveis (Raízen), produção e logística de alimentos (Rumo), gás e petróleo (Compass e Moove) e mineração (Vale). O fio que une essas empresas é a descarbonização da economia, seja pela produção e energia limpa, como no caso da Raízen, maior empresa de etanol do país; seja pela necessidade de substituir combustíveis fósseis por energia renovável, casos das empresas do setor de logística e mineração.

Uma dificuldade, diz Carlini, é comunicar a estratégia comum ao grupo e, principalmente, aos investidores. “O mercado financeiro colocou pressão nas empresas”, afirma a executiva. “Com esse movimento, o investidor terá menos trabalho: em vez de ler cinco relatórios de sustentabilidade, terá as informações centralizadas.”

Metas fatiadas

Apesar de definir um prazo até 2030 para o conjunto das metas, a Cosan fatiou alguns objetivos. Até 2024, por exemplo, todas as empresas do grupo terão de formalizar os critérios ESG na alocação de capital. Em 2025, será formalizado um plano de investimento social privado e, até 2026, todos os conselhos terão de contar com, pelo menos, uma mulher e um representante de grupos minorizados.

Créditos

Últimas Notícias

ver mais
Conta Black anuncia parceria para ampliar acesso ao crédito para pessoas negras e periféricas
ESG

Conta Black anuncia parceria para ampliar acesso ao crédito para pessoas negras e periféricas

Há 14 horas
John Elkington, pai da sustentabilidade: progredimos, mas não o suficiente
ESG

John Elkington, pai da sustentabilidade: progredimos, mas não o suficiente

Há um dia
SDGs in Brazil: em Nova York, Pacto Global leva o protagonismo brasileiro no clima para a ONU
ESG

SDGs in Brazil: em Nova York, Pacto Global leva o protagonismo brasileiro no clima para a ONU

Há um dia
Organizações se unem para alavancar metas de equidade racial nas empresas
ESG

Organizações se unem para alavancar metas de equidade racial nas empresas

Há um dia
icon

Branded contents

ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

leia mais