Exame logo 55 anos
Remy Sharp
Acompanhe:

Plataforma MAIS traça raio X do terceiro setor com foco em critérios ESG

Projeto usa tecnologia a favor da filantropia para conectar ONGs a investidores

Modo escuro

Continua após a publicidade
 (Adam Gault/Getty Images)

(Adam Gault/Getty Images)

E
Esfera Brasil

Publicado em 16 de junho de 2022 às, 09h30.

Mais de 85% das organizações sociais do Brasil têm como foco a erradicação da pobreza, temática que se tornou ainda mais relevante considerando que o país voltou para Mapa da Fome e tem a pobreza como uma questão relevante após a pandemia. O levantamento é da plataforma MAIS - Mapa do Impacto Social, um banco de dados sobre o terceiro setor brasileiro que leva em consideração o impacto que as organizações geram no alcance da Agenda 2030, da ONU. No caso, a erradicação da pobreza representa o Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 1.

O MAIS ainda aponta que quase 85% das organizações estão alinhadas ao ODS 10 (Redução das desigualdades), e mais de 76% colaboram com o ODS 16 (Paz, justiça e instituições eficazes). Porém, apenas 21% estão ligadas ao ODS 8 (Trabalho decente e crescimento econômico). E com representatividades ainda menores, apenas 15% possuem suas atividades principais relacionadas o ODS 4 (Educação de qualidade) e 0,5% das OSCs têm suas atuações alinhadas ao eixo Ambiental.

Por meio da plataforma, lançada há menos de 1 mês, ONGs e OSCs poderão atualizar as suas informações para terem visibilidade e alcançarem potenciais investidores, parceiros e doadores. “Conseguir fomentar o alinhamento das organizações do terceiro setor com as temáticas de impacto da Agenda 2030 é fundamental para acelerarmos a transição para um desenvolvimento econômico mais justo, inclusivo e equilibrado. Disponibilizar o acesso a essas análises e dar visibilidade para as ONGs e OSCs, de forma que possam multiplicar o impacto positivo gerado, alinhado à Agenda 2030, é primordial para a nossa sociedade”, explica Gabriela Ferolla, diretora executiva da SEALL, startup parceira do projeto.

Por meio de um alinhamento à Agenda 2030, as organizações poderão alcançar uma linguagem global e inclusiva e, consequentemente, conseguir parceiros financeiros e de desenvolvimentos de outros projetos por meio de um ambiente seguro para doações e investimentos, oferecendo mais espaço para iniciativas fora do eixo Rio-São Paulo.

"Desenhar estratégias que possam gerar impactos mensuráveis é o desafio do momento, e o MAIS vem trazer essa camada de inteligência de dados para o terceiro setor, apoiando estratégias, mas também dando mais visibilidade para as organizações com menos espaço de mídia", afirma Luiza Serpa, diretora do Instituto Phi.

Os dados apresentados vêm para fortalecer e colaborar com as ONGs e OSCs, que possuem uma atuação expressiva no país, porém ainda não dispõem de informações precisas sobre o cenário do terceiro setor brasileiro. Fontes diferentes apontam que existe algo entre 236 mil a 781 mil ONGs e OSCs no Brasil. E se a falta de informações é uma barreira para apontar quais CNPJs estão ativos, buscar dados sobre a atuação do terceiro setor quanto aos critérios ESG (sigla em inglês para ambientais, sociais e de governança) e alinhamento à Agenda 2030 é ainda mais difícil.

Assim, o MAIS irá atuar como um braço para que as organizações possam compreender como contribuem para a geração de impacto socioambiental e econômico positivos, em uma linguagem global. Utilizando a inteligência desenvolvida pela startup SEALL, as entidades poderão analisar suas operações e identificar novas oportunidades de atuação em relação às temáticas de impacto e, consequentemente, quais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estão alinhados à sua estratégia e poderão ser trabalhados visando uma gestão de impacto socioeconômico e ambiental mais efetiva.

“Em sua primeira versão o MAIS trouxe um raio X do terceiro setor no Brasil, mas não vamos parar nisso, estamos com um plano audacioso de trazer visibilidade para todo o setor de impacto incluindo iniciativas individuais, de coletivos sem pessoa jurídica e de negócios sociais e de impacto”, diz Flora Bitancourt, CEO da Impact Beyound, consultoria coidealizadora do projeto.

O banco de dados do MAIS considera a segurança, proteção e confiabilidade das informações que são tratadas conforme a LGPD e é fruto da união de parceiros que colaboram para fortalecer o terceiro setor no Brasil. O projeto foi coidealizado pela Impact Beyound e Instituto Phi e já possui mais de 30 parceiros e apoiadores, incluindo SEALL, Sintetizo, Ambev Voa, Movimento Bem Maior, Humanize, Movimento Por Uma Cultura de Doação, e Mercado Livre.

Últimas Notícias

Ver mais
‘Arcabouço é carente de indicações mais sólidas da trajetória de endividamento’, afirma economista

Esfera Brasil

‘Arcabouço é carente de indicações mais sólidas da trajetória de endividamento’, afirma economista

Há 18 horas

Brasil produz 90% da demanda mundial por nióbio, metal essencial para transição energética

Esfera Brasil

Brasil produz 90% da demanda mundial por nióbio, metal essencial para transição energética

Há um dia

Governo federal vai investir R$ 200 bilhões no setor de biocombustíveis

Esfera Brasil

Governo federal vai investir R$ 200 bilhões no setor de biocombustíveis

Há 2 dias

Projeto de lei que taxa fundos exclusivos e offshores vai à sanção presidencial

Esfera Brasil

Projeto de lei que taxa fundos exclusivos e offshores vai à sanção presidencial

Há 3 dias

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Lead Energy quer reduzir R$ 1 bi na conta de luz dos brasileiros até 2027

Lead Energy quer reduzir R$ 1 bi na conta de luz dos brasileiros até 2027

Ceará deve se tornar um dos maiores produtores do combustível do futuro

Ceará deve se tornar um dos maiores produtores do combustível do futuro

“O número de ciberataques tem crescido 20% ao ano”, diz a Huawei

“O número de ciberataques tem crescido 20% ao ano”, diz a Huawei

“A geração de energia caminha lado a lado com o desenvolvimento econômico”, diz Paulo Câmara

“A geração de energia caminha lado a lado com o desenvolvimento econômico”, diz Paulo Câmara

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais