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Remy Sharp
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Representantes de importantes setores da economia apresentaram suas preocupações sobre três temas de grande relevância para a economia brasileira – defasagem no preço dos combustíveis, reforma administrativa e cumprimento da meta de déficit zero – ao secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto. Ele participou de encontro por nós promovido nesta quinta-feira, 10, em São Paulo.

“Eu seria o primeiro a fazer uma reforma administrativa, mas a gente tem de entender que essa reforma tem um horizonte longo”, afirmou o secretário aos empresários presentes. “O principal problema é que o diferencial entre o salário na iniciativa privada e salário no setor público é maior no começo da carreira, e isso é ruim para a administração e para a pessoa. É preciso segurar salários – mas não há o menor clima para isso”, acrescentou.

Na questão fiscal, o secretário disse que não se vai “ganhar o jogo discutindo macroeconomia”: “A gente já sabe que precisa ter responsabilidade fiscal”. Além disso, ele destacou medidas como o programa Desenrola Brasil, por meio do qual mais de 10 milhões de contratos em dívidas de R$ 100 foram tirados do negativo, ou seja, tiveram o crédito recuperado. “E a segunda fase ainda nem chegou. Hoje, temos mais de 300 pessoas trabalhando numa plataforma que une bureaus de crédito, a B3, bancos e o varejo – que está começando a se cadastrar no que vai ser uma grande plataforma de renegociação.”

Na avaliação de Pinto, há um “espaço enorme para essas renegociações ocorrerem, mas elas não ocorrem por custo de transação. É muito caro”. A intenção, então, é que o custo seja fortemente reduzido por meio da plataforma, que vem sendo desenvolvida pela bolsa de valores brasileira. Já sobre preços de combustíveis, o secretário se limitou a dizer que tem acompanhado bem a discussão.

Apertar o cinto

O secretário disse ser um dos maiores defensores de se apertar o cinto e cortar o que é gasto ineficiente no governo. “Mas sou realista: o grosso das nossas despesas são o funcionalismo e a Previdência, e essas não temos como cortar”. Marcos Pinto destacou ainda que o ajuste fiscal no Brasil tem sido feito nos últimos anos cortando investimento, “o que resultou em uma infraestrutura em frangalhos”. Apesar da aposta em atrair o setor privado para parcerias, será preciso tributar renda para poder custear a renovação nessa área – aí entra o papel da reforma tributária: “Foi assim que se resolveu nos países desenvolvidos”.

“Não vamos virar a Noruega, tributando a renda máxima do capital lá em cima e forçando empresários a saírem do país, mas alguma coisa a mais a gente tem que tributar para a economia poder andar. E o resultado vai ser eficiente”, avaliou Pinto.

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