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Banco Central brasileiro é reconhecido como ‘melhor do mundo’

Deferência veio da revista Central Banking, que destacou política monetária empreendida por Campos Neto

Autonomia financeira do Banco Central foi elogiada por publicação. (Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Autonomia financeira do Banco Central foi elogiada por publicação. (Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

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Publicado em 14 de março de 2024 às 11h24.

Dando destaque para a autonomia financeira garantida por lei desde 2021, a revista Central Baking elegeu o Banco Central brasileiro como o primeiro da lista que elenca autoridades monetárias de todo o planeta. Segundo a publicação, a instituição teve atuação destacada durante a pandemia e também tem desenvolvido uma política monetária adequada no combate à inflação.

“[O Banco Central] reduziu as preocupações sobre o potencial de financiamento monetário quando, durante a pandemia da Covid-19, o banco central foi autorizado a realizar operações nos mercados secundários nacionais para obrigações governamentais e ativos privados, bem como realizar operações no mercado internacional para obrigações governamentais”, diz a reportagem divulgada nesta semana.

A publicação relembra que a meta de inflação foi fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 3,25% para 2023 e 3% em 2024 e 2025. Nesse contexto, a revista indicou que a política monetária traçada pelo Banco Central foi preponderante para fazer com que houvesse uma queda da inflação para 3,16% em junho de 2023. Em abril de 2022, ela chegou a um pico de 12,13% no acumulado de 12 meses.

Atualmente, a Selic está em 11,25% ao ano e deve encerrar 2024 em 9%, de acordo com perspectivas do mercado. Ao longo do ano passado, o Comitê de Política Monetária (Copom) optou por manter a Selic em 13,75% até agosto, quando iniciou o ciclo de queda. Esse é o principal instrumento para conter a alta da inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Segundo a publicação, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, encarou o processo inflacionário como um evento mais persistente e, por isso, lançou mão de uma política contracionista.

“O histórico de inflação elevada no Brasil foi outro fator que ajuda a explicar a reação proativa da política monetária do BCB para enfrentar a inflação diante da maioria dos bancos centrais das economias avançadas. Os banqueiros centrais geralmente tentam evitar cometer dois tipos de erros. Primeiro, ‘fazer muito pouco’: estar atrás da curva, adiar um aperto da política monetária e tolerar mais inflação, para evitar um abrandamento da atividade econômica. Em segundo lugar, ‘fazer demasiado’: estar à frente da curva, apertar a política monetária de forma mais rápida e forte para evitar uma inflação mais elevada e a desancoragem das expectativas de inflação, à custa de um abrandamento mais acentuado da atividade econômica”, explicou a revista.

“Ao contrário de seus pares da economia avançada, que se esforçaram para enfrentar a inflação muito baixa nos últimos anos e viram o episódio inflacionário no início como um evento transitório com origem na oferta, o Brasil, entre outras economias emergentes, viu o processo inflacionário como um evento mais persistente, com uma importante componente de procura”, acrescentou.

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