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João Doria

João Doria foi o escolhido do PSDB para disputar a presidência da República em uma das disputas mais acirradas do partido

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Ex-governador de São Paulo, João Doria (Gilberto Marques/Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

Ex-governador de São Paulo, João Doria (Gilberto Marques/Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2022 às, 08h00.

Última atualização em 23 de maio de 2022 às, 15h45.

Nome: João Agripino da Costa Doria Junior
Vice: indefinido
Partido: PSDB
Idade: 64 anos
Data de nascimento: 16/12/1957
Ocupação: empresário
Grau de instrução: superior completo
Estado civil: casado
Município de nascimento:  São Paulo (SP)

Resumo do pré-candidato

João Doria é jornalista, empresário, e político brasileiro. É filiado ao PSDB desde 2001, mas sua relação com o partido vem de muito antes. Ingressou na vida pública como secretário de Turismo do governo de São Paulo, na gestão do ex-governador Mário Covas, na década de 1980. Também já foi presidente da Embratur, durante o mandato do ex-presidente José Sarney.

Esse sentimento de dever público foi criado ainda na infância, quando seu pai, que era deputado federal pela Bahia, foi cassado pelo Golpe Militar de 1964. A família precisou viver exilada na França, retornando ao Brasil anos mais tarde. Seu primeiro emprego foi como office-boy em uma agência de publicidade. Dali surgiu o gosto pela comunicação. Antes de ser apresentador do programa O Aprendiz, foi executivo na área. Atualmente, tem um grupo de empresas de comunicação e marketing.

Sempre dizendo ser “filho das prévias”, disputou a preferência do PSDB, em março de 2016, quando se lançou como pré-candidato à prefeitura de São Paulo. Feito eleito no primeiro turno, algo inédito no período democrático brasileiro. Assumiu o comando da maior cidade do país em janeiro de 2019, e deixou o cargo com três anos e três meses de mandato, para se candidatar ao governo do estado.

Para ser o escolhido do partido, precisou romper com Geraldo Alckmin, até então seu padrinho político. O ex-governador tinha escolhido seu vice, Marcio França (PSB), como candidato à reeleição. Doria venceu a disputa no segundo turno, em 2018, em uma das votações mais apertadas, com uma diferença de pouco mais de 740 mil votos. A virada veio muito em função do alinhamento dele com o então postulante ao Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro (atualmente no PL).

A aliança, chamada de Bolsodoria, durou pouco. Com a pandemia de covid-19, no começo de 2020, os dois adotaram linhas de conduta completamente diferentes. Um dos pontos mais tensos dessa disputa ocorreu durante a compra de vacinas contra o coronavírus. O então governador de São Paulo colocou dinheiro do estado na aquisição de um imunizante. Bolsonaro chegou a dizer que não compraria a Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan (paulista) com uma farmacêutica chinesa, mas voltou atrás. A primeira pessoa imunizada contra a covid-19 no país recebeu a dose ao lado do governador, um trunfo para Doria.

O paulista decidiu disputar as prévias do PSDB para se candidatar à Presidência, mas encontrou uma legenda muito dividida. Seu principal oponente foi o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que tinha o apoio de outros caciques tucanos, como Tasso Jereissati e Aécio Neves. Após problemas no pleito, venceu a disputa, com 53% dos votos, contra 44% do gaúcho.

Mesmo com o resultado, enfrentou resistências do PSDB e ameaçou desistir de concorrer e sair da vida pública. O xeque-mate que Doria deu no PSDB veio muito do descontentamento com o partido porque muitos líderes questionam a escolha dele nas prévias. Com a cartada, recebeu o que queria: o apoio do partido e o recuo, mais tarde, de Eduardo Leite.

No dia 23 de maio, o ex-governador de São Paulo desistiu de concorrer à Presidência da República. O anúncio contou com a presença do presidente do PSDB, Bruno Araújo.

"Hoje, neste 23 de maio, serenamente, entendo que não sou a escolha da cúpula do PSDB. Aceito esta realidade com a cabeça erguida. Sou um homem que respeita o bom senso, o diálogo e o equilíbrio. Sempre busquei e seguirei buscando o consenso, mesmo que ele seja contrário à minha vontade pessoal. O PSDB saberá tomar a melhor decisão no seu posicionamento para as eleições deste ano. Me retiro da disputa com o coração ferido, mas com a alma leve", disse ele ao lado da esposa, Bia Doria, e de aliados.

 

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