Economia

Zona do euro registra contração no 3º trimestre e inflação tem queda expressiva em outubro

Segundo a agência europeia de estatísticas Eurostat, o Produto Interno Bruto (PIB) da Eurozona teve contração de 0,1% no terceiro trimestre de 2023

BRUSSELS, BELGIUM - AUGUST 31: The flags of the European Union flutter in the winds in front of the Berlaymont, the EU Commission headquarter on August 31, 2023 in Brussels, Belgium. The European Commission represents the general interest of the EU and is the driving force in proposing legislation (to European Parliament and the European Council), administering and implementing EU policies, enforcing EU law and negotiating in the international arena.(Photo by Thierry Monasse/Getty Images) (Thierry Monasse/Getty Images)

BRUSSELS, BELGIUM - AUGUST 31: The flags of the European Union flutter in the winds in front of the Berlaymont, the EU Commission headquarter on August 31, 2023 in Brussels, Belgium. The European Commission represents the general interest of the EU and is the driving force in proposing legislation (to European Parliament and the European Council), administering and implementing EU policies, enforcing EU law and negotiating in the international arena.(Photo by Thierry Monasse/Getty Images) (Thierry Monasse/Getty Images)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 31 de outubro de 2023 às 09h26.

A economia da zona do euro registrou uma leve contração no terceiro trimestre, afetada pelo desempenho da Alemanha, mas a inflação no bloco teve uma queda expressiva em outubro.

Segundo a agência europeia de estatísticas Eurostat, o Produto Interno Bruto (PIB) da Eurozona teve contração de 0,1% no terceiro trimestre de 2023.

Porém, ao se considerar o conjunto da União Europeia (UE) - incluindo os países que não utilizam a moeda comum - o PIB registrou uma leve alta de 0,1% entre julho e setembro, destaca a Eurostat.

De modo geral, o desempenho da economia da zona do euro no trimestre foi afetado pela política do Banco Central Europeu (BCE) de manter as taxas de juros elevadas.

Neste cenário, a Alemanha, maior economia do bloco, registrou uma leve contração de 0,1%, após os resultados fracos atualizados dos três trimestres anteriores (-0,4%, 0,0% e 0,1%).

A Alemanha, considerada a locomotiva econômica europeia, foi severamente afetada pelo aumento dos preços da energia desde o início da guerra na Ucrânia e o setor industrial do país ainda não recuperou o dinamismo.

Entre as principais economias da Eurozona, a França cresceu 0,1%, a Itália ficou estagnada (0,0%), e o PIB da Espanha avançou 0,3%.

A Áustria, com queda de 0,6%, e a Irlanda, com retrocesso de 1,8%, são as principais preocupações no bloco.

Inflação em queda

Ao mesmo tempo, a inflação registrou uma queda expressiva em outubro, a 2,9% em termos anuais, o menor nível calculado desde julho de 2021, quando o índice foi de 2,2%.

O resultado de 2,9% em outubro ficou levemente abaixo da expectativa geral do mercado, que projetava um índice de preços de 3%.

Em setembro, a inflação na Eurozona calculada pela Eurostat foi de 4,3%.

Entre as maiores economias do bloco, a Alemanha registrou inflação de 3,0% em outubro; a França de 4,5%; a Itália de 1,9% e a Espanha de 3,5%.

Com o objetivo de controlar a inflação, o BCE adotou aumentos sucessivos das taxas de juros, mas no início de outubro interrompeu a trajetória de alta devido à fragilidade geral da economia do bloco.

O índice de outubro foi provocado pela queda dos preços da energia (11,1% em termos anuais), embora os alimentos (que são calculados em conjunto com o cigarro e as bebidas alcoólicas) mantenham a pressão, a 7,5%.

Para o analista Tomas Dvorak, da consultoria Oxford Economics, "a contínua deflação dos preços da energia e a queda da inflação dos preços dos alimentos foram os principais impulsionadores".

Por este motivo, ele acredita que o BCE iniciará a fase de cortes nas taxas de juros a partir de abril.

A inflação na zona do euro registra queda desde o nível recorde de 10,6% em outubro de 2022, depois que a invasão da Rússia à Ucrânia provocou a disparada dos preços da energia aos consumidores.

Segundo a Eurostat, a inflação subjacente – que exclui os preços voláteis da energia, os alimentos, as bebidas alcoólicas e o cigarro – desacelerou a 4,2% em outubro, contra 4,5% em setembro.

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