Economia

Varejo brasileiro tem crescimento chinês no 1º trimestre

Vendas do comércio cresceram 18,1% de janeiro a março na comparação com o mesmo período do ano passado

Loja na Rua 25 de Março: comércio cresce num ritmo chinês (.)

Loja na Rua 25 de Março: comércio cresce num ritmo chinês (.)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2010 às 19h31.

São Paulo - Não será nenhuma surpresa se observarmos nos próximos dias novas projeções - para cima, é claro - do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Os modelos de cálculo das principais consultorias atribuem forte peso para as variáveis Produção Industrial e Vendas do Varejo, que vieram acima das expectativas em março.

Na semana passada, o IBGE informou que a produção industrial crescera 2,8% em março ante fevereiro, superando com folga a mediana das expectativas do mercado divulgada pela Agência Estado, que era de 1,85%. Na comparação com março do ano passado, a alta foi de 19,7% (a mediana era de 18,8%).

Nesta quarta-feira, vieram números robustos do varejo, com alta de 1,6% em março ante fevereiro (a mediana das expectativas divulgada pela Reuters era de 0,75%), e de 15,7% na comparação com o mesmo período do ano passado (com mediana de 14,1%).

"Fatalmente  teremos que revisar - para cima - mais uma vez o PIB projetado para o primeiro trimestre", diz o economista da Gradual Investimentos, André Perfeito, em relatório divulgado nesta manhã.

A dúvida a partir de agora é se o Banco Central vai precisar acelerar o aperto monetário para esfriar a economia, que estaria crescendo acima do seu PIB potencial, ou seja, aquele limite a partir do qual a expansão gera inflação. A lógica indicia que sim, mas é preciso observar o impacto que a retirada dos estímulos fiscais do governo terá nos próximos meses.

Além disso, embora com a ressalva de que este é um ano eleitoral, o governo anunciou nesta semana que pode reduzir despesas se o PIB acelerar muito. Seria uma ajuda da política fiscal à árdua missão do Banco Central. 

Leia mais: O consumo é chinês. Já o fôlego...

Leia mais: Copa ajuda a impulsionar a venda de bens duráveis, avalia economista

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