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Troca de diretor não tem relação com juros, diz Meirelles

Brasília, 22 de maio (Portal EXAME) O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, negou hoje que a troca na diretoria da entidade tenha relação com as críticas à condução da política monetária. A explicação foi dada porque ontem o Comitê de Política Monetária (Copom), colegiado que reúne o presidente e os diretores do BC, […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h22.

Brasília, 22 de maio (Portal EXAME) O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, negou hoje que a troca na diretoria da entidade tenha relação com as críticas à condução da política monetária. A explicação foi dada porque ontem o Comitê de Política Monetária (Copom), colegiado que reúne o presidente e os diretores do BC, optou ontem por manter a taxa básica de juros em 26,5%. Passadas menos de 24 horas, foi anunciada a saída do diretor de Política Monetária, Ilan Goldfajn.

Como a manutenção da taxa básica de juros num nível elevado tem recebido ataques de aliados e integrantes do governo como o vice-presidente, José Alencar , Meirelles insistiu em desvincular os dois fatos. Vejo as declarações do vice-presidente como um apelo, um chamamento para que trabalhemos duro para reduzir os juros no longo prazo , disse o presidente do BC. As críticas são normais numa sociedade democrática. A competência do BC será definida pela sua capacidade de cumprir sua missão básica, que é controlar a inflação .

Segundo Meirelles, a saída de Goldfajn neste momento estava programada desde dezembro, antes da saída de Armínio Fraga da Presidência do BC. O diretor havia manifestado desejo pessoal de voltar à iniciativa privada, após quase três anos de atividade pública. Ficará no cargo até o início de julho e depois terá de se manter afastado do mercado financeiro por um período, para evitar a transmissão de informação privilegiada é a chamada quarentena. Nesse período, de cerca de quatro meses, ele poderá retomar sua atividade acadêmica na PUC do Rio. O novo diretor, Afonso Bevilaqua, foi apresentado hoje na sede do BC, mas não deu declarações.

Ao mesmo tempo, o BC traz um ocupante para sua oitava diretoria, de Estudos Especiais, que estava vaga. Ela ficará com Eduardo Loyo, que é professor visitante da Universidade de Columbia e está em Nova York. Segundo Meirelles, a nova diretoria dividirá com a de Política Econômica a função de formular grandes diretrizes para a ação do BC. A diferença é que ela não terá funções administrativas nem será dividida em departamentos serão apenas Loyo e uma equipe de técnicos. Com a novidade, o BC pretende reforçar sua equipe com acadêmicos e economistas com visão macroeconômica.

Inflação

Meirelles disse que não haverá mudança na meta ajustada de inflação para este ano, de 8,5%. Ele preferiu não detalhar o assunto, alegando que isso anteciparia a ata do Comitê de Política Monetária (Copom). Meirelles destacou que o sucesso do Banco Central será trazer a inflação para metas estabilizadas até o ano de 2005. "Continuamos com a nossa prioridade de trazer a inflação para níveis convenientes, não há saída de foco."

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