Economia

Tombini falará pela primeira vez após rumores sobre saída

Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff negou que Tombini e o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, estivessem de saída


	Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini: presidentes de BC precisam ir pelo menos duas vezes por ano ao Congresso
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini: presidentes de BC precisam ir pelo menos duas vezes por ano ao Congresso (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2016 às 09h59.

Brasília - O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, falará nesta terça-feira, 22, pela primeira vez em público depois da turbulência criada na semana passada em torno da posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Casa Civil. 

Na semana passada, estava prevista a presença de Tombini na Comissão Mista de Orçamento (CMO), mas a audiência pública acabou cancelada por causa do cenário político conturbado.

Na ocasião também circulavam rumores de que ele poderia deixar o cargo por causa de uma possível condução da política econômica mais à esquerda.

Tombini falará a senadores sobre o trabalho do BC na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Parlamentares devem questioná-lo sobre a sua permanência no cargo e também sobre as últimas atribuições da instituição.

Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff negou que Tombini e o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, estivessem de saída do governo e acrescentou que eles estavam "mais dentro do que nunca".

Fontes informaram ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que Dilma chegou a telefonar para Tombini para falar de sua permanência no cargo.

Pela lei, presidentes de BC precisam ir pelo menos duas vezes por ano ao Congresso para prestar esclarecimentos. No ano passado, no entanto, por causa da turbulência na cena política, Tombini compareceu apenas uma vez na CMO, mas esteve na CAE.

Os rumores de saída de Tombini se aprofundaram com a possibilidade de o governo usar as reservas internacionais para financiar projetos de desenvolvimento da economia, que está em recessão.

O presidente do BC é totalmente contrário a esse uso e nem cogitou usar as reservas quando o dólar escalou em direção aos R$ 4,00 no ano passado, assim que o Brasil recebeu o primeiro rebaixamento, em setembro, de uma agência de classificação de risco. Dilma já descartou a possibilidade de utilizar as reservas para esse fim.

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