Em 2001, a telefonia fixa foi o produto que, isoladamente, gerou a maior receita (R$ 17,3 bilhões) entre os setores investigados pelo suplemento da Pesquisa Anual de Serviços - Produto. São eles: Telecomunicações, Informática e Audiovisual (agrupados como Serviços de Informação) e os setores mais importantes dos Serviços de Transportes (rodoviário de passageiros e de cargas, ferroviário/ metroviário, aquaviário e aéreo). Juntos, eles faturaram um total de R$ 125,4 bilhões, sendo R$ 75,3 bilhões dos Serviços de Informação e R$ 50,1 bilhões dos Serviços de Transportes, ou seja, metade da receita operacional líquida do setor de Serviços mercantis não-financeiros do país, que foi da ordem de R$ 251 bilhões, revela a pesquisa anual do IBGE.

A segunda maior receita (R$ 12,4 bilhões) dos setores investigados veio da Telefonia celular. Esta, a Telefonia Fixa e os serviços complementares de telefonia fixa (assinaturas, mudanças de titularidade etc.), responderam por 72,0% da receita de toda a atividade de telecomunicações no Brasil.

Em 2001, os Serviços Audiovisuais (publicidade e merchandising em TV aberta, programação básica de TV por assinatura, publicidade e merchandising no rádio, programadoras de TV por assinatura, e outros) foram responsáveis por 13,0% (ou R$ 9,8 bilhões) da receita dos Serviços de Informação, e 9,9% dela saíram de três produtos: venda de publicidade e merchandising na TV aberta (R$ 4,8 bilhões), serviços de programação básica de TV por assinatura (R$ 2,0 bilhões) e venda de publicidade e merchandising em programas de rádio (R$ 584 milhões), que responderam por quase 76,0% da receita dos serviços audiovisuais.

Já a venda de espaço para publicidade e merchandising na TV aberta foi responsável, sozinha, por 49,0% da receita de serviços audiovisuais, e gerou 6,4% da receita total dos serviços de informação.

Os serviços de acesso à internet, inclusive fax, conferência por internet e veiculação de propaganda geraram receita operacional líquida de quase R$ 1,2 bilhão, em 2001. Mas este serviço de Telecomunicações, que integra as atividades de Informação, faturou menos que as atividades de Consultoria em desenvolvimento de programas sob encomenda (software). Estas tiveram receita de R$ 3,2 bilhões ou, aproximadamente, um quinto da receita total das atividades de Informática (R$14,6 bilhões).

Ainda dentro dos serviços de informação, as atividades de Processamento de dados para terceiros faturaram R$ 2,9 bilhões e foram responsáveis, também, por quase um quinto da receita total da atividade de informática. Já serviços de backbone de internet, juntamente com alocação de mão-de-obra em empresas-clientes e serviços de suporte e manutenção de equipamentos de informática faturaram cerca de R$ 3,3 bilhões.

Em 2001, o transporte aéreo faturou quase R$ 13,4 bilhões, ou seja, 26,6% da receita total obtida por todos os meios de transporte no Brasil. O principal produto deste segmento foi transporte de passageiros em linhas regulares, que representou quase 75,0% da receita desta atividade e cerca de 20,0% da receita total de serviços de transporte.

Receita quase idêntica à do transporte aéreo de passageiros foi obtida pelo Transporte rodoviário de passageiros em linhas regulares intramunicipais, urbanas e suburbanas: R$ 9,6 bilhões. Isso representou 19,2% da receita total do setor de transportes, sendo que as linhas intramunicipais tiveram o maior peso (62,7%) na receita gerada no transporte rodoviário de passageiros.

Em 2001, o transporte aquaviário manteve-se mais especializado em cargas: delas vieram 86,7% da receita total da atividade, sendo que do transporte de contâiners e de combustíveis/petróleo e derivados vieram 32,4% e 29,5%, respectivamente. Juntos, estes dois últimos serviços representaram quase 5% da receita do setor de transportes.