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Setores público e privado lançam Movimento Brasil Competitivo

Está sendo lançado hoje em São Paulo o Movimento Brasil Competitivo (MBC), organização que tem como objetivo reunir os setores público e privado, mais entidades do terceiro setor, na busca conjunta pela competitividade a fim de inserir o Brasil na economia mundial. Edson Vaz Musa, um dos integrantes do conselho do MBC, admite que o […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h14.

Está sendo lançado hoje em São Paulo o Movimento Brasil Competitivo (MBC), organização que tem como objetivo reunir os setores público e privado, mais entidades do terceiro setor, na busca conjunta pela competitividade a fim de inserir o Brasil na economia mundial.

Edson Vaz Musa, um dos integrantes do conselho do MBC, admite que o assunto em si não é novo, porque temas como qualidade, produtividade e competitividade há anos são discutidos, inclusive em instiuições e fundações lançadas anteriormente. "Mas, infelizmente, somente há dois ou três anos o Brasil chegou à conclusão de não estar presente no mercado internacional. Tanto que a nossa participação no comércio mundial é ridícula. Importamos pouco e exportamos pouco e, pior, esses números ainda vêm caindo", afimou, justificando que por isso é fundamental que essa questão seja retomada.

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O empresário Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do Grupo Gerdau e também membro do conselho do MBC, disse que nenhuma melhora em questões de competitividade pode ser obtida sem que se desenvolvam metodologias de medição. "Quem não mede, não gera", afirmou, ressaltanto que o principal foco do MBC será implantar tecnologia de gestão em todos os setores. Ele citou como exemplo sua própria empresa. "Na Gerdau, há 20 anos começamos a desenvolver essa parceria com os japoneses na área siderúrgica."

Musa exemplificou a importância de se desenvolver metodologias de medição com a experiência recente do governo na área da educação, com a realização do Provão e do Enem. "Foi difícil implementar, mas os resultados são fantásticos", afirmou. "Só com avaliações estatísticas é possível saber se o desempenho é bom ou não."

Também foi destacada a importância de se desenvolver esse trabalho junto às pequenas e médias empresas. Elcio Anibal de Lucca, presidente da Serasa S/A, lembrou o caso da Itália, onde as empresas de pequeno e médio porte são responsáveis por mais de 60% da economia do país. "E mais de 10 mil dessas empresas exportam para o Brasil." Outro exemplo que ele citou foi a Coréia, onde a forte inovação das empresas está explícita pelo número de patentes do país. "A Coréia é recordista mundial", afirmou.

Durante o lançamento do movimento, também foi reforçada a importância da participação do governo. "Sozinho, o empresariado não vai conseguir fazer nada", afirmou Gerdau, que ressaltou que hoje o que o Brasil exporta é imposto, criticando o custo Brasil. Ele também acabou cobrando, indiretamente, uma postura mais firme do país com relação à Alca. "O Brasil tem que ter mais deterinação para dizer qual parcela do mercado norte-americano quer conquistar." O governo participa do MBC com quatro membros no coselho.

São os ministros da Casa Civil, Planejamento, Ciência e Tecnologia, Indústria e Comércio Exterior. O evento acontece na sede da Serasa.

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