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Setor de veículos ainda dispõe de grandes estoques

A alta de 1,9% verificada em julho ante junho não se sustentou e, em agosto, o setor mostrou queda de 9,4% na produção

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	Estoques: a alta de 1,9% verificada em julho ante junho não se sustentou e, em agosto, o setor mostrou queda de 9,4% na produção.
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Estoques: a alta de 1,9% verificada em julho ante junho não se sustentou e, em agosto, o setor mostrou queda de 9,4% na produção. (Stock.xchng)

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Idiana Tomazelli

Publicado em 2 de outubro de 2015, 14h02.

Rio de Janeiro - O setor de veículos ainda exibe estoques elevados e dificuldades do lado da demanda, afirmou nesta sexta-feira, 2, André Macedo, André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Por isso, a alta de 1,9% verificada em julho ante junho não se sustentou e, em agosto, o setor mostrou queda de 9,4% na produção.

"Redução de turnos de trabalho, corte de postos, estoques ainda num patamar bastante elevado, isso tudo justifica a redução de ritmo já observada há algum tempo neste setor", explicou Macedo.

"Os automóveis e caminhões lideram impacto negativo, mas toda a cadeia mostra queda na produção, como o segmento de autopeças", acrescentou.

A alta no setor de veículos em julho havia interrompido uma sequência de nove meses em queda. Ainda assim, não foi suficiente para reverter a trajetória descendente. No acumulado deste ano, o setor amarga retração de 21,0% na produção.

Bebidas

O inverno com temperaturas mais elevadas do que o habitual contribuiu para o aumento de 4,3% na produção de bebidas em agosto ante julho, explicou o gerente da Coordenação de Indústria do IBGE. Em julho ante junho, o setor havia apresentado queda de 6,1%.

"Tem a ver com esse inverno mais aquecido em termos de clima, que de certa forma impulsionou movimento recente principalmente para cerveja, chope e refrigerante", disse Macedo.

Já no caso dos alimentos, a alta de 2,4% em agosto ante julho também sucedeu queda de 5,4% na margem. No segmento, a oscilação da produção de açúcar explica o desempenho.

"Temos safra muito mais alcooleira, mas mês a mês pode haver mudança de comportamento, e em agosto ele (açúcar) contribuiu positivamente", afirmou o gerente.

"Mas é um crescimento que suplanta apenas uma parte da queda do mês anterior, pois permanece negativo no ano", ponderou Macedo.

Nos oito primeiros meses de 2015, a produção de alimentos acumula queda de 3,7%, apontou o IBGE. Já o setor de bebidas acumula retração de 6,7% no período.

Derivados de petróleo

A desaceleração da economia e a consequente redução da demanda doméstica têm levado a uma redução na produção de derivados do petróleo, afirmou André Macedo.

Em agosto, o segmento de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis teve queda de 1,6% na produção ante julho, a segunda em sequência.

"Isso tem relação direta com a própria desaceleração da economia. Você tem menor demanda doméstica, então isso se reflete na produção de gasolina e diesel", afirmou Macedo.

"Esse setor já vem mostrando comportamento negativo há algum tempo. Não por acaso, na comparação com 2014, esse setor aparece também como impacto negativo importante", acrescentou.

Em agosto ante igual período do ano passado, a produção de derivados de petróleo recuou 8,7%, deprimida justamente pelos itens gasolina automotiva e óleos combustíveis.

O gerente do IBGE atentou, porém, para a indústria extrativa, que mantém o sinal positivo na produção graças ao bom desempenho tanto do minério de ferro quanto do petróleo.

Em agosto, a produção extrativa aumentou 0,6% em relação a julho e subiu 2,9% ante agosto de 2014.

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