Economia

Rui Costa aposta em queda de juro na próxima reunião do Copom com IPCA fraco e cenário fiscal

Em linha com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o chefe da Casa Civil reforçou as críticas ao nível da Selic, hoje em 13 75%, e relembrou que o juro real brasileiro é o mais alto do mundo

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, assume o cargo  em uma cerimônia no Salão Oeste do Palácio do Planalto (José Cruz/Agência Brasil)

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, assume o cargo em uma cerimônia no Salão Oeste do Palácio do Planalto (José Cruz/Agência Brasil)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 11 de abril de 2023 às 19h50.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, aposta que o Banco Central vai anunciar uma redução na taxa básica de juros do País já na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 2 e 3 de maio.

Na avaliação do petista, a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nesta manhã menor do que a mediana das expectativas e as medidas do governo para as contas públicas do País, com a iminente apresentação do arcabouço fiscal, justificam o relaxamento monetário.

"Esse conjunto de iniciativas com certeza haverá de convencer, e o cenário global, mundial, haverá de convencer o Banco Central a reduzir — a nossa convicção é na próxima reunião — a taxa de juros para que a gente estimule os projetos privados", declarou o ministro em entrevista à CNN Brasil.

Críticas ao nível da taxa Selic

Em linha com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o chefe da Casa Civil reforçou as críticas ao nível da Selic, hoje em 13 75%, e relembrou que o juro real brasileiro é o mais alto do mundo. Ele ainda reiterou que o governo tem responsabilidade fiscal e está "fazendo o dever de casa", citando o arcabouço fiscal, a reforma tributária e a extinção da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) como exemplo de racionalização de gasto público. "Estamos introduzindo o conceito de qualidade do gasto público."

"O juro vai cair com certeza e esse otimismo, a entrada de dólar no Brasil a partir de investimentos, eu diria de uma nova imagem do Brasil, haverá de contribuir. Não tem razão para manter juro no patamar que está", disse o ministro "Hoje, a sinalização de queda da inflação reforça o sentimento de que o juro precisa cair", acrescentou.

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