- Últimas notícias
- Revista EXAME
- YPO - Líderes Extraordinários
- Exame IN
- Brasil
- Clima
- PME & Negócios
- Exame CEO
- ExameLab
- Bússola
- Casual
- Inteligência Artificial
- Ciência
- Economia
- Colunistas
- Esfera Brasil
- Exame Agro
- Inovação
- Marketing
- Melhores e Maiores
- Mundo
- Mercado Imobiliário
- Net Zero
- POP
- Esporte
- Seguros
- Tecnologia
- Vídeos
- Expediente
Regime de partilha é ruim e próximo leilão pode ter concessão, diz Guedes
Ministro culpou o modelo de partilha — em que petroleiras devem entregar parte do óleo extraído para o governo — por fracasso em leilões de petróleo
Modo escuro
Paulo Guedes: "O regime de partilha é difícil, colocamos um elefante para voar. Conversamos cinco anos sobre cessão onerosa e no final deu 'no show'" (Adriano Machado/Reuters)
Publicado em 7 de novembro de 2019 às, 14h20.
Última atualização em 7 de novembro de 2019 às, 14h28.
São Paulo — O ministro da Economia, Paulo Guedes, culpou o regime de partilha pelo não comparecimento das maiores empresas petrolíferas do mundo no leilão da cessão onerosa realizado na quarta-feira, 6. Com isso, ele adiantou que o governo pode alterar o próximo leilão da área para o regime de concessão. Ainda assim, considerou o resultado positivo, mesmo que a arrecadação antes estimada em R$ 106,5 bilhões não tenha ultrapassado os R$ 70 bilhões.
"As 17 empresas gigantes do mundo não apareceram no leilão cessão onerosa e a Petrobras levou sem ágio. Imagina se nem a Petrobras tivesse dinheiro pra entrar no leilão da cessão onerosa", admitiu o ministro, no evento "Diálogos com o TCU", organizado pelo Tribunal de Contas da União.
Guedes criticou o regime de partilha, que considerou uma "herança institucional ruim" de governos passados. "No regime de partilha, a empresa tem que furar diversas camadas de negociação antes de começar a furar o petróleo. Esse regime é usado por empresas francesas em regimes corruptos da África", alfinetou. "O regime de partilha é difícil, colocamos um elefante para voar. Conversamos cinco anos sobre cessão onerosa e no final deu 'no show', vendemos para nós mesmos", completou.
Por isso, o ministro reconheceu que os campos que não foram vendidos na quarta deverão ser leiloados no futuro com preços menores ou até mesmo sob o regime de concessão, ao invés de partilha. "Temos que refletir se regime de concessão usado no mundo inteiro não é melhor. Não existe leilão de petróleo vazio em regime de concessão", avaliou. "Entendemos o recado e podemos pensar em rever preços ou mudar para concessão. Podemos lá na frente arrecadar até mesmo mais do que se esperava nesse leilão" projetou.
Guedes, entretanto, comemorou o fato de a Petrobras ter arrematado os campos de Búzios, em consórcio, e de Itapu, sozinha. Sem competição e sem ágio, a licitação chegou ao fim com índice de sucesso de 50%: duas das quatro áreas foram vendidas.
"Ainda assim, o leilão da cessão onerosa foi extraordinário, e a Petrobras terá futuro espetacular pela frente. A Petrobras agora está focada e terá a maior fronteira de petróleo do mundo na mão", afirmou o ministro. "Desobstruímos o caminho e não podemos nos arrepender de nada que fizemos, diante do problema que recebemos. Conseguimos destravar um processo que se arrastava por anos e poderemos distribuir recursos com Estados e municípios", concluiu.
Mais lidas em Economia
Últimas Notícias
Branded contents
Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions
Com copos de plástico reciclado coletado no litoral brasileiro, Corona estreia no Primavera Sound
Com itens personalizados, Tramontina usa expertise para aproveitar alta dos presentes de fim de ano
Suvinil investe para criar embalagens e produtos mais sustentáveis
Inovação em nuvem e IA: a aposta da Huawei Cloud para o Brasil
Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.