Exame logo 55 anos
Remy Sharp
Acompanhe:

Reforma do PIS/Cofins pode ser adiada para agosto

Há resistências no governo em torno da proposta desenhada pela Receita e que está praticamente pronta

Modo escuro

Continua após a publicidade
PIS: O mais provável é que a proposta só seja enviada em agosto com o projeto de lei do Orçamento de 2018. (Marcelo Sayão/EFE)

PIS: O mais provável é que a proposta só seja enviada em agosto com o projeto de lei do Orçamento de 2018. (Marcelo Sayão/EFE)

E
Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de fevereiro de 2018 às, 08h51.

Última atualização em 28 de fevereiro de 2018 às, 08h52.

Brasília - Apesar de integrar a agenda de 15 medidas econômicas prioritárias do governo federal, a proposta de reforma do PIS/Cofins deve demorar mais para ser enviada ao Congresso.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, o mais provável é que a proposta só seja enviada em agosto com o projeto de lei do Orçamento de 2018.

Há resistências no governo em torno da proposta desenhada pela Receita e que está praticamente pronta, dependendo apenas de uma calibragem final das alíquotas.

Uma proposta alternativa à da Receita está sendo elaborada por técnicos do governo para ser submetida ao presidente Michel Temer.

Segundo uma fonte envolvida nas negociações, há preocupação de que o modelo da Receita acabe beneficiando as grandes empresas.

Já as demais empresas, com menos capacidade de organização podem ficar prejudicadas por conta da sistemática de compensação de crédito mais ampla que exigirá alíquotas maiores.

Temor

A principal crítica em relação à proposta da Receita é o temor da migração dos chamados regime cumulativo para o não cumulativo.

No regime não cumulativo, usado por grandes indústrias, a alíquota é mais alta. A taxa maior, porém, é compensada: a compra de insumos sobre os quais já incidem PIS/Cofins gera créditos, que são descontados do valor total.

Em empresas de prestação serviços e companhias menores, porém, esse abatimento não seria tão benéfico, pois a maior parte dos gastos é com mão de obra, que não gera créditos.

Ou seja, no fim da "simplificação" dos dois tributos, as empresas poderiam acabar pagando mais impostos.

Serviços

Pela proposta do Fisco, as empresas do setor de serviços não serão atingidas pela mudança, se mantendo na sistemática atual de cobrança. Elas poderão continuar pagando pelo sistema cumulativo de cobrança, que tem hoje alíquota de 3,65%.

É um forma que o governo encontrou para diminuir a resistência dos representantes do setor, que no ano passado fizeram uma mobilização no Congresso e nos gabinetes do governo para impedir que a proposta avançasse, temendo aumento da carga tributária.

As demais empresas, sobretudo da indústria, que pagam pelo sistema não cumulativo, terão a cobrança aperfeiçoada e poderão abater do imposto devido todo o custo do insumo usado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimas Notícias

Ver mais
Precatórios atrasados do INSS estarão disponíveis para saque em janeiro

Economia

Precatórios atrasados do INSS estarão disponíveis para saque em janeiro

Há 13 horas

Padilha diz que governo perseguirá meta de déficit primário zero no Brasil em 2024

Economia

Padilha diz que governo perseguirá meta de déficit primário zero no Brasil em 2024

Há 13 horas

Governo quer pagar os R$ 95 bi em precatórios ainda em 2023, afirma Haddad

Economia

Governo quer pagar os R$ 95 bi em precatórios ainda em 2023, afirma Haddad

Há 14 horas

Balança comercial tem superávit de US$ 8,8 bi e acumulado no ano chega ao recorde de US$ 89,2 bi

Economia

Balança comercial tem superávit de US$ 8,8 bi e acumulado no ano chega ao recorde de US$ 89,2 bi

Há 17 horas

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Com copos de plástico reciclado coletado no litoral brasileiro, Corona estreia no Primavera Sound

Com copos de plástico reciclado coletado no litoral brasileiro, Corona estreia no Primavera Sound

Com itens personalizados, Tramontina usa expertise para aproveitar alta dos presentes de fim de ano

Com itens personalizados, Tramontina usa expertise para aproveitar alta dos presentes de fim de ano

Suvinil investe para criar embalagens e produtos mais sustentáveis

Suvinil investe para criar embalagens e produtos mais sustentáveis

Inovação em nuvem e IA: a aposta da Huawei Cloud para o Brasil

Inovação em nuvem e IA: a aposta da Huawei Cloud para o Brasil

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais