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Receita de supermercados não cresce em 2003, mas lucro é preservado

O setor supermercadista não conseguiu crescer em 2003, mas manteve as margens de lucro com reajustes de preços e de mix de produtos, além de muitas promoções. Segundo o Relatório Anual da Supermercado Moderno, o faturamento real do setor - considerado o impacto da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) - foi de 90,7 […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h15.

O setor supermercadista não conseguiu crescer em 2003, mas manteve as margens de lucro com reajustes de preços e de mix de produtos, além de muitas promoções. Segundo o Relatório Anual da Supermercado Moderno, o faturamento real do setor - considerado o impacto da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) - foi de 90,7 bilhões de reais, apenas 0,16% maior que o de 2002. A lucratividade das redes, entretanto, passou de 2,12% em 2002, para 2,21% no ano passado.

"Ainda assim, o desempenho da receita ficou acima da queda de 0,4% estimada no início do ano", diz Valdir Orsetti, coordenador do relatório.Os repasses de preços, que ajudaram o setor a preservar seus lucros, foram necessários porque, segundo o relatório, os reajustes da indústria chegaram at a  20,54%.

Ranking

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Não houve grandes mudanças no ranking de faturamento do setor em 2003, segundo o relatório. A Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), dona das bandeiras Pão de Açúcar, CompreBem Barateiro e Extra Hipermercados, manteve a primeira posição, com um faturamento real de 12,4 milhões de reais.

A rede foi também a única, entre as que faturaram acima de 1 bilhão de reais, que registrou um aumento real de 0,2% na receita em 2003. A CBD também demitiu 7,5% da sua mão-de-obra e aumentou em 24,4% o faturamento médio por funcionário, que passou de 220,8 mil reais em 2002 para 274,6 mil no ano passado.

Todos  os outros varejistas do topo do ranking registraram queda. A receita real do Carrefour, por exemplo, o segundo da lista, caiu 4,6%. Outros indicadores da rede, entretanto, melhoraram. Suas vendas por metro quadrado, de 10,6 mil reais, cresceram 4,5% em 2003, assim como a receita por funcionário, que aumentou 10% e ficou em 240,3 mil reais. O Carrefour foi também quem liderou a inauguração de novas lojas. Foram 59 pontos de vendas - seis hipermercados e 53 lojas com a bandeira Dia.

O faturamento real do Sendas, do Rio de Janeiro  (que ainda não foi consolidado ao da CBD ), e do Sonae também registraram queda de 21,6% e 2,7%, respectivamente.

Na contra-mão, mais de uma rede com faturamento inferior a 1 bilhão de reais conseguiu aumentar a receita real em 2003. O faturamento da Y.Yamada, do Pará, que subiu da 16ª para a 18ª posição no ranking, cresceu 40% e somou 575,3 milhões de reais. A rede também foi quem mais contratou em 2003. Foram 1760 pessoas, um crescimento de 90% no número total de funcionários.

O aumento da receita, no entanto, deve ser analisado levando-se em consideração que a área de vendas da rede, de 20 000 metros quadrados em 2002, triplicou e agora soma 60 000 metros.

Entre outras redes menores que também registraram aumento real de faturamento em 2003 estão a DMA, de Minas Gerais, a Empresa Baiana de Alimentos (EBA) e a Coop, de São Paulo."Nos momentos de crise, as pessoas fazem pequenas compras com mais frequência, em vez de fazer uma compra mensal", diz Orsetti, da Supermercado Moderno. "O que favorece as redes menores, que possuem lojas de bairro, em vez das grandes, que possuem hipermercados".

Fonte: Supermercado Moderno

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