EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h22.
A produção industrial registrou alta de 1,1% em agosto, ante julho. Trata-se do sexto mês seguido de crescimento do indicador na série ajustada sazonalmente. Na comparação com agosto de 2003, o avanço foi de 13,1%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que elevou a atividade industrial, no mês retrasado, foram os bens de capital e de consumo duráveis.
A pesquisa do IBGE mostra que os bens de capital cresceram 2,3% em agosto, sobre julho, enquanto os bens de consumo duráveis avançaram 2,2%. Desde março deste ano, os dois setores registram sucessivos resultados positivos, a ponto de acumularem crescimentos de 14% e 17%, respectivamente, entre março e agosto.
Já a produção de bens intermediários (como produtos siderúrgicos, plásticos e borrachas) cresceu apenas 0,3% de julho para agosto. Nos nove primeiros meses do ano, porém, a expansão acumulada pelo setor é de 7,6%.
Os segmentos de bens de consumo semiduráveis e não duráveis, em contrapartida, registraram desempenho negativo pelo segundo mês consecutivo. Em agosto, essas atividades mostraram queda de 0,3%.
Acumulado do ano
No acumulado de janeiro até setembro, todos os segmentos industriais exibem crescimento. Na média, a produção industrial brasileira acumula alta de 8,8% no período. Os bens de capital lideram a expansão, com incremento de 26,2%. Conforme o IBGE, todos os subsetores do segmento de bens de capital mostram taxas positivas de crescimento, com destaque para a alta de 36,5% do subsetor de máquinas e equipamentos para construção.
Em seguida, vêm os bens de consumo duráveis, com 26% de acréscimo. Entre os destaques desse segmento, estão a produção de veículos automotores, que cresceu 30,2% no período; e a de eletrodomésticos da linha marrom (televisores, aparelhos de som, etc), com alta de 36,6%.
Os bens intermediários ficaram abaixo da média de crescimento da produção industrial no período, com incremento de 7,4%. A fabricação de peças e acessórios para equipamentos de transporte subiu 21,7%. Outro subsetor destacado pelo IBGE foi o de insumos industriais elaborados (como a produção de celulose), que avançou 6,1%.
A produção de alimentos e bebidas manufaturados cresceu 5% no acumulado até setembro e foi o que mais contribuiu para o avanço de 3,1% do setor de bens de consumo semiduráveis e não duráveis. Segundo o IBGE, o único item que apresentou retração nesse segmento foi o de carburantes (queda de 5,4%).