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PIB dos EUA cresce metade do esperado

O crescimento econômico dos Estados Unidos iniciou o ano em um ritmo mais lento que o previamente divulgado e desacelerou fortemente no segundo trimestre, informou o governo nesta quarta-feira, em um relatório que confirma um declínio prolongado no ano passado. O Departamento de Comércio informou que o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 1,1% no segundo […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h14.

O crescimento econômico dos Estados Unidos iniciou o ano em um ritmo mais lento que o previamente divulgado e desacelerou fortemente no segundo trimestre, informou o governo nesta quarta-feira, em um relatório que confirma um declínio prolongado no ano passado.

O Departamento de Comércio informou que o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 1,1% no segundo trimestre do ano, em dados ajustados sazonalmente, metade dos 2,2% estimados por economistas de Wall Street. O crescimento do primeiro trimestre de 2002 foi revisado de uma expansão de 6,1% para alta de 5%.

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Vários fatores negativos influenciaram a queda do PIB americano. Na medida em que os preços das ações despencaram devido a escândalos corporativos, o gasto do consumidor --responsável por dois terços da atividade econômica do país-- cresceu apenas 1,9% em termos anuais no primeiro trimestre, bem abaixo da alta de 3,1% registrada no primeiro trimestre.

O departamento também revisou os dados do PIB desde o início de 1999, revelando uma retração da produção econômica nacional por três trimestres consecutivos do ano passado, ultrapassando a definição técnica de recessão: dois trimestres seguidos de queda, segundo a agência Reuters.

Anteriormente, o governo havia divulgado que o PIB declinou apenas em um trimestre de 2001, o terceiro, o que levou o governo de George W. Bush a discutir se a economia havia mesmo entrado em recessão. O departamento revisou o crescimento do PIB de 2001 de 1,2% para 0,3%. A revisão mostra que em 2002 a economia teve a pior performance desde a retração econômica de 0,5% registrada em 1991.

Nova York

A economia da cidade de Nova York apresentou leve desaceleração em julho, com a fraqueza no setor de serviços financeiros e nas indústrias de tecnologia prejudicando o crescimento do emprego, mostrou uma relatório nesta quarta-feira.

A Associação Nacional de Gerentes de Compra de Nova York informou que seu Índice de Condições de Negócios caiu pelo segundo mês consecutivo, passando de 256,4 em junho para 254,1 em julho. "Uma vez que as tendências do índice refletem as mudanças no emprego, o movimento lateral dessa medida sugere que o mercado de trabalho local criará poucos empregos nas próximas semanas", disse o relatório. O setor de serviços da cidade --que compreende a maior parte da economia local -- recuperou-se levemente em relação a junho, subindo de 36,7 no mês anterior para 43,6. O índice do setor manufatureiro declinou fortemente, de 91,4 em junho para 61,2 em julho.

Redbook

Nesta terça-feira, as vendas nas lojas norte-americanas de rede, departamento e desconto caíram nas primeiras três semanas de julho devido às fracas saídas de roupas de inverno nas lojas de departamentos do país, informou o Instinet Research. O índice semanal Redbook de vendas no varejo teve uma queda de 0,4% nas três semanas encerradas em 27 de julho em relação ao mesmo período no mês anterior.

Confiança do consumidor

Os problemas sofridos pelo mercado de ações durante a maior parte do mês de julho derrubaram a confiança do consumidor norte-americano, mostrou um relatório na terça-feira, assinalando que os gastos do consumidor, que sustentam dois terços da economia norte-americana, podem esfriar e ameaçar a recuperação dos Estados Unidos.

O Conference Board, um grupo privado de pesquisa, disse que seu índice de atitudes do consumidor caiu nove pontos em julho, para 97,1, seu menor nível desde fevereiro. O número de junho foi revisado para baixo, ficando em 106,3. O resultado de julho ficou bem abaixo das expectativas de analistas, que eram de uma queda para 101,9.

Apontando para uma possível retração dos gastos do consumidor, o Índice de Situação Presente, que mede a visão que os norte-americanos têm da economia no momento atual, caiu de 104,9 em junho para 99,2 em julho. O Índice de Expectativas, um indicador das perspectivas do consumidor para os próximos seis meses, caiu de 107,2 em junho para 95,7 em julho.

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