PIB deve rodar a 4% no 4º tri, mas 2% é teto para taxa anual
Segundo Marianna Costa, economista da Link Corretora, há surpresa negativa com o segundo trimestre ou com o ritmo da melhora, que é bem mais moderado que o esperado
Da Redação
Publicado em 2 de julho de 2012 às 20h21.
São Paulo - O Produto Interno Bruto ( PIB ) brasileiro dificilmente crescerá mais de 2% em 2012. A avaliação foi feita pela economista da Link Corretora, Marianna Costa, em entrevista há pouco ao AE Broadcast Ao Vivo. "Em 2012, teremos um pouco menos de inflação, mas bastante menos PIB", afirmou ela, acrescentando que "o crescimento de 2% parece ser teto neste momento".
Segundo Marianna, "há toda uma surpresa negativa com o segundo trimestre ou com o ritmo da melhora, que é bem mais moderado que o esperado". Para ela, seria necessária uma aceleração bastante razoável na segunda metade do ano para o PIB ultrapassar o teto mencionado acima. A economista da Link prevê, no entanto, expansão mais forte da economia brasileira no terceiro trimestre e estima "o quarto crescendo em torno de 4% anualizados". Para 2013, a Link Corretora projeta recuperação maior, com o PIB alcançando 4,5%.
Já para a inflação, ainda de acordo com Marianna, a projeção é de 5,2% ao fim de 2012, levemente abaixo da previsão do início do ano da corretora, de 5,5%. "Entendemos que existem pressões relevantes no segundo semestre deste ano, que devem continuar presentes ao longo de 2013. A inflação termina o ano que vem em 6%, acompanhando o ganho de ritmo da atividade", afirmou ela, ressaltando salários e alimentos como as pressões domésticas.
Mercados
Diante da expectativa de melhora das condições macroeconômicas mundiais e da atividade econômica no Brasil no segundo semestre deste ano, a economista da Link prevê que a cotação do dólar volte a R$ 1,90. "O câmbio tem um componente de aversão ao risco bastante importante. Uma parte da alta, de R$ 1,70 para perto de R$ 1,90, foi, em parte, por uma intervenção mais forte do governo, mas daí por diante foi aversão ao risco", lembrou Marianna. "À medida que a aversão ao risco diminui, a gente deve voltar a ver uma apreciação do real", acrescentou ela.
A diminuição da tensão deve beneficiar ainda a Bovespa, acredita Marianna, uma vez que ela voltará a atrair os investidores estrangeiros. "Haverá volta do influxo de capital externo na segunda metade do ano e isso vai se dar à medida que for se restabelecendo o apetite ao risco", prevê. "É bastante razoável pensar que os recursos estrangeiros devem voltar, mas principalmente porque a aversão ao risco deve ser menor no segundo semestre do que foi no primeiro." Embora não tenha cravado um número, Marianna enxerga a Bovespa em um patamar "superior ao de hoje", de 54 mil pontos, ao fim de 2012.
São Paulo - O Produto Interno Bruto ( PIB ) brasileiro dificilmente crescerá mais de 2% em 2012. A avaliação foi feita pela economista da Link Corretora, Marianna Costa, em entrevista há pouco ao AE Broadcast Ao Vivo. "Em 2012, teremos um pouco menos de inflação, mas bastante menos PIB", afirmou ela, acrescentando que "o crescimento de 2% parece ser teto neste momento".
Segundo Marianna, "há toda uma surpresa negativa com o segundo trimestre ou com o ritmo da melhora, que é bem mais moderado que o esperado". Para ela, seria necessária uma aceleração bastante razoável na segunda metade do ano para o PIB ultrapassar o teto mencionado acima. A economista da Link prevê, no entanto, expansão mais forte da economia brasileira no terceiro trimestre e estima "o quarto crescendo em torno de 4% anualizados". Para 2013, a Link Corretora projeta recuperação maior, com o PIB alcançando 4,5%.
Já para a inflação, ainda de acordo com Marianna, a projeção é de 5,2% ao fim de 2012, levemente abaixo da previsão do início do ano da corretora, de 5,5%. "Entendemos que existem pressões relevantes no segundo semestre deste ano, que devem continuar presentes ao longo de 2013. A inflação termina o ano que vem em 6%, acompanhando o ganho de ritmo da atividade", afirmou ela, ressaltando salários e alimentos como as pressões domésticas.
Mercados
Diante da expectativa de melhora das condições macroeconômicas mundiais e da atividade econômica no Brasil no segundo semestre deste ano, a economista da Link prevê que a cotação do dólar volte a R$ 1,90. "O câmbio tem um componente de aversão ao risco bastante importante. Uma parte da alta, de R$ 1,70 para perto de R$ 1,90, foi, em parte, por uma intervenção mais forte do governo, mas daí por diante foi aversão ao risco", lembrou Marianna. "À medida que a aversão ao risco diminui, a gente deve voltar a ver uma apreciação do real", acrescentou ela.
A diminuição da tensão deve beneficiar ainda a Bovespa, acredita Marianna, uma vez que ela voltará a atrair os investidores estrangeiros. "Haverá volta do influxo de capital externo na segunda metade do ano e isso vai se dar à medida que for se restabelecendo o apetite ao risco", prevê. "É bastante razoável pensar que os recursos estrangeiros devem voltar, mas principalmente porque a aversão ao risco deve ser menor no segundo semestre do que foi no primeiro." Embora não tenha cravado um número, Marianna enxerga a Bovespa em um patamar "superior ao de hoje", de 54 mil pontos, ao fim de 2012.