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Os 15 piores paraísos fiscais do mundo, segundo a Oxfam
Ilhas caribenhas estão na lista, mas países europeus ricos também. Há uma "corrida para o fundo" e evasão fiscal se tornou prática padrão, diz ONG
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Bermudas, Ilhas Caymann e Holanda lideram a lista da Oxfam (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
Publicado em 12 de dezembro de 2016 às, 17h06.
Última atualização em 12 de dezembro de 2016 às, 19h42.
São Paulo - As Bermudas, Ilhas Caymann e a Holanda são os piores paraísos fiscais do mundo, de acordo com um relatório lançado hoje pela ONG britânica Oxfam.
A lista usa como critérios a taxa efetiva de impostos assim como o uso de incentivos e estruturas tributárias mais benéfico para empresas, além da falta de cooperação com esforços internacionais para combater o problema.
"Esses países ganharam seu lugar na lista porque facilitam as formas mais extremas de evasão fiscal por empresas, conduzindo uma corrida para o fundo na taxação corporativa", diz o relatório.
Veja o top 15:
- Bermudas
- Ilhas Cayman
- Holanda
- Suíça
- Singapura
- Irlanda
- Luxemburgo
- Curaçao
- Hong Kong
- Chipre
- Bahamas
- Jersey
- Barbados
- Ilhas Maurício
- Ilhas Virgens Britânicas
"Paraísos fiscais corporativos estão causando a perda de grandes quantias de receita tributária valiosa e seu uso tem se tornado a prática padrão de negócios para muitas companhias", diz a Oxfam.
A Irlanda, por exemplo, divulgou uma taxa de crescimento de 26% em 2015, mas reconheceu que o número foi inflado por causa de práticas de inversão corporativa.
Várias empresas estão transferindo sua sede fiscal para a Irlanda por causa de incentivos fiscais; uma empresa americana grande pode comprar uma pequena empresa irlandesa, por exemplo, e transferir todos os seus ativos para ela.
As empresas multinacionais americanas reportaram em 2012 um lucro de US$ 80 bilhões nas Bermudas - mais do que no Japão, China, Alemanha e França combinados.
Se a Apple repatriasse seu dinheiro e pagasse todo o imposto previsto nos EUA, poderia cobrir o orçamento do Departamento de Justiça por um ano, segundo dados da Casa Branca e da Citizens for Tax Justice.
90% das maiores empresas mundiais tem presença em pelo menos um paraíso fiscal e nos países em desenvolvimento esse tipo de esquema causa uma perda de US$ 100 bilhões anuais, segundo a Oxfam.
Isso seria suficiente para custear edução para as 124 milhões de crianças que não estão na escola e intervenções de saúde que poderiam impedir a morte de pelo menos 6 milhões de crianças por ano.
E se as empresas não estão pagando sua parcela, isso significa serviços públicos piores ou um fardo de impostos maior sobre a classe média (ou ambos).
"Claro que cada país tem o direito de escolher sua própria taxa de impostos, mas nenhum tem o direito de roubar a receita de outros países, facilitar corrupção, permitir que criminosos e elites corruptas escondam sua riqueza ou facilitar com que companhias internacionais evadam impostos ao transferirem artificialmente a origem de seus lucros", disse Gabriel Zucman, economista francês especialista em paraísos fiscais, em entrevista para EXAME.com no ano passado.
Em uma carta pública organizada pela Oxfam e divulgada em maio, mais de 300 economistas de 30 países declaram que os paraísos fiscais “não servem a nenhum propósito econômico útil”.
Entre os signatários estavam Angus Deaton, último vencedor do Prêmio Nobel de Economia, e Olivier Blanchard, ex-economista chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI).
A Oxfam sugere que os governos trabalhem juntos para estabelecer uma lista dos paraísos fiscais e suas práticas com total transparência e livre de interferência política.
A partir daí seria possível estabelecer sanções, incentivos e acordos internacionais que ataquem o problema.
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