A antecipação do anúncio do novo diesel, feito na semana passada pelo governo federal, deve favorecer a sustentação das cotações domésticas de oleaginosas, principalmente a soja. De acordo com a consultoria Tendências, o surgimento de uma nova utilização para esse tipo de produto vai colaborar para o "enxugamento" da oferta excedente. Com isso, os preços devem subir no médio prazo.

"Para se ter uma idéia, a estimativa de que o H-Bio demandará um volume de 1,2 milhão de toneladas de soja já no início de 2007, o equivalente a 3,8% do consumo doméstico deste grão na última safra", diz o relatório.

Na opinião dos economistas da Tendências, o país está na dianteira no que se refere à posse de uma matriz energética com fonte alternativa. O mérito é conseqüência dentre outros fatores, do avanço do emprego de etanol para fins automotivos.

O novo tipo de combustível, batizado de H-Bio, utilizará óleos extraídos de oleaginosas como a mamona, o girassol, o dendê e a soja, reduzindo a  importação de óleo diesel. A mistura será feita diretamente nas refinarias.