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Remy Sharp
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As negociações para solucionar o impasse do teto da dívida nos Estados Unidos tiveram poucos progressos nesta terça-feira, 23, em meio a persistentes divergências sobre cortes nos orçamentos. Republicanos também questionam a estimativa da secretária do Tesouro americana, Janet Yellen, de que o país pode ficar sem recursos para honrar obrigações financeiras já em 1º de junho se não houver resolução para o caso.

No dia seguinte ao encontro entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, representantes dos dois lados voltaram a se reunir para tentar destravar as discussões.

'As coisas não estão indo bem'

O negociador da delegação republicana, o deputado Garret Graves, no entanto, alertou a repórteres, nesta manhã, que "as coisas não estão indo bem". "Eles estão se recusando a realmente mudar a trajetória, a realmente reduzir os gastos", criticou, conforme a agência Reuters.

Em reunião fechada com correligionários, McCarthy, por sua vez, informou que a Casa Branca e a oposição ainda não estão "nem perto" de um acordo. Segundo informou o Punchbowl News, o líder republicano condiciona o aumento do teto a cortes nos gastos, sem que haja aumento de impostos.

Do lado democrata, o líder da minoria na Câmara, Hakeem Jeffries também reconheceu que as negociações estão emperradas. Já a Casa Branca rebateu acusações republicanas de que não demonstra urgência para o debate e alertou que a falta de um acordo pode reverter os progressos econômicos dos últimos dias.

Também a repórteres, o deputado republicano Chip Roy se mostrou cético em relação ao prazo dado por Yellen. "O fato é que teremos dinheiro em junho. O fato é que não vamos deixar de pagar nossa dívida. Isso é completamente falso. Temos dinheiro para isso", disse, segundo o The Hill.

Casa Branca diz que Biden e McCarthy concordam sobre necessidade de se evitar calote

Biden e McCarthy concordam que o governo americano não pode dar calote na dívida e que um acordo pelo teto deve ser fechado antes do prazo estipulado pelo Tesouro, afirmou a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, em coletiva nesta terça-feira, 23.

Karine Jean-Pierre ressaltou que não é possível fornecer uma data para a resolução do impasse e que um acordo pode ser a qualquer momento, até mesmo hoje.

Ambos os lados já compreenderam que não vão conseguir exatamente o que querem, disse a porta-voz. "Chegar a uma solução pelo teto da dívida é um compromisso constitucional do Congresso. As alegações de que não estamos mostrando urgência sobre isso são ridículas", defende.

De acordo com a Casa Branca, a inadimplência resultaria em cerca de 8 milhões de postos de trabalho prejudicados e uma recessão que jogaria fora todos os avanços econômicos conquistados pelo país nos últimos três anos.

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