Negociação sobre rodízio de auditores é suspensa na UE
Medida foi motivada pela crise financeira de 2007-09, na qual os contribuintes tiveram de resgatar bancos que tinham recebido
Turistas tiram fotos em frente ao símbolo do Euro na sede do Banco Central Europeu, em Frankfurt (Hannelore Foerster/Getty Images)
4 de dezembro de 2013, 16h36
São Paulo - As negociações sobre o projeto de lei da União Europeia que força empresas a trocar de auditoria a cada dez anos estão suspensas em função de divergências sobre outras restrições planejadas para os auditores, afirmou um parlamentar da UE nesta quarta-feira.
A medida foi motivada pela crise financeira de 2007-09, na qual os contribuintes tiveram de resgatar bancos que tinham recebido, meses antes, atestado de boa saúde financeira por parte dos auditores.
A ideia é fazer com que os contadores questionem mais as informações recebidas dos clientes, encerrando, em alguns casos, relacionamentos confortáveis de décadas de duração.
A exigência da mudança periódica de auditoria também é vista como uma forma de aumentar a concorrência no setor, dominado pelas chamadas quatro grandes empresas de contabilidade: PricewaterhouseCoopers, Deloitte, KPMG e Ernst & Young.
Membros da UE e do Parlamento Europeu devem se encontrar na quinta-feira, aumentado esperanças sobre um acordo final.
Mas fontes da UE disseram que uma nova data para as negociações é agora improvável antes do início de 2014, em função de disputas sobre questões como a proibição de empresas de contabilidade de dar conselhos fiscais às companhias cujos balanços estejam sob sua auditoria.
O deputado de centro-direita britânico Sajjad Karim, que está conduzindo as negociações para o acordo, descartou a reunião de quinta-feira, porque os Estados membros da UE teriam "falhado" em chegar a novos compromissos.
O projeto de lei pode acabar no limbo durante meses se nenhum acordo for alcançado até março ou abril, já que o Parlamento Europeu vai às urnas em maio.
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