Brasília - A economia brasileira está se acomodando num ritmo muito menor que no primeiro trimestre e isso deve ser acompanhado com cautela, afirmou o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (28). "Esta acomodação exige atenção redobrada", destacou. De acordo com Augustin a economia está no patamar "que deveria estar, e não devemos trabalhar para segurá-la". 

As contas do governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social, Banco Central) fecharam junho com superávit de R$ 631,5 milhões, contra déficit de R$ 517,9 milhões em maio. Para o secretário Augustin, o resultado é atribuído, principalmente, à redução das despesas no governo central.

O governo espera consiguir cumprir a meta de superávit primário no ano (de R$ 40 bilhões), sem abatimento das obras do PAC. No acumulado de janeiro a junho deste ano, o governo central acumula superávit de R$ 24,8 bilhões.

A expectativa para o mês de julho é que a receita "não seja tão positiva, mas não a ponto de decepcionar", disse Augustin. Para o secretário do tesouro, a  arrecadação de julho é objeto de preocupação, pois, "há sinais de que a economia não se aproxima de um superaquecimento, e é preciso manter as coisas caminhando, com um crescimento sustentável", concluiu.