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Mourão: Bolsonaro vai "tomar pau" se der ou não der novo auxílio emergencial

O vice-presidente, Hamilton Mourão, também afirmou que o governo "não pode ser escravo do mercado"

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Na quinta-feira, Bolsonaro declarou que o auxílio emeregencial pode ser pago a partir do mês de março (Marcos Corrêa/PR/Divulgação)

Na quinta-feira, Bolsonaro declarou que o auxílio emeregencial pode ser pago a partir do mês de março (Marcos Corrêa/PR/Divulgação)

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Agência O Globo

Publicado em 12 de fevereiro de 2021 às, 11h53.

O vice-presidente Hamilton Mourão comentou nesta sexta-feira a possibilidade de retomada do auxílio emergencial por conta da pandemia da Covid-19 e disse que o presidente Jair Bolsonaro "vai tomar pau" se conceder ou não o benefício.

Mourão também disse que o governo "não pode ser escravo do mercado", ao ser questionado sobre o sinal negativo que representaria um eventual novo orçamento de guerra ou mais um déficit recorde.

Ele argumentou que há cerca de 40 milhões de brasileiros em "uma situação difícil" e que a pandemia ainda vai continuar até que a vacinação seja mais consistente.

Na quinta-feira, Bolsonaro declarou que o auxílio emergencial pode ser pago novamente a partir do mês de março, por “três ou quatro” meses, sem valor definido até o momento. O presidente afirmou, por outro lado, que benefício não pode ser eterno, citando a aposentadoria e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). E reclamou da reação do mercado:

— Pessoal do mercado, qualquer coisa que se fala vocês ficam irritadinhos na ponta da linha, né? Sobe dólar, cai a Bolsa. Pessoal, se o Brasil não tiver um rumo, todo mundo vai perder, vocês também. Então, vamos deixar de ser irritadinhos porque não vai levar a lugar nenhum — declarou, em transmissão em suas redes sociais.

Também na quinta-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que está pronto para apresentar uma nova rodada de pagamento do auxílio, mas cobrou do Congresso, por outro lado, a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição que estabelece um novo Orçamento de Guerra para viabilizar o benefício.

O GLOBO antecipou que seria anunciado, após o carnaval, a ampliação do auxílio emergencial por mais três meses, fora do teto de gastos.

Na manhã desta sexta, Mourão disse que o assunto está sendo tratado pelo presidente junto com a equipe econômica e com o Congresso, que estão "buscando uma solução".

— Em linhas gerais, ou você faz um crédito extraordinário, aí seria o tal do orçamento de guerra, ou corta dentro do nosso orçamento para atender as necessidades. Não tem outra linha de ação fora disso — comentou o vice-presidente.

Questionado se mais um orçamento de guerra e mais um déficit recorde seriam um bom sinal para o mercado, Mourão declarou:

— Minha gente, a gente não pode ser escravo do mercado, né? Então, tem que entender o seguinte: nós temos aí, vamos botar aí uns 40 milhões de brasileiros que estão em uma situação difícil. A gente ainda continua com a pandemia, a gente acredita que mais uns três, quatro meses a gente tenha uma produção de vacina capaz de começar um processo de imunização consistente.

E concluiu com um comentário sobre a "situação difícil" de Bolsonaro:

— Então, o presidente é obrigado a decidir para alguma forma de auxiliar essa gente. Vamos lembrar, se ele disser que não vai auxiliar, ele vai tomar pau, se ele diz que vai auxiliar, ele vai tomar pau também. Então, é uma situação difícil e julgo que ele vai buscar a melhor solução.

Combustíveis

Mourão comentou ainda o plano do presidente de enviar um projeto ao Congresso para tratar do ICMS sobre os combustíveis e disse que a questão tem que ser decidida no Legislativo.

— Vai ter que ser decidido dentro do Congresso. É lei, vai ser decidido lá dentro, mexe com o interesse dos Estados. O presidente está buscando uma solução para o preço do combustível, que todo mundo que enche o tanque do carro sabe que está um pouquinho salgado — disse.

Segundo o diagnóstico do vice-presidente, o cenário atual é fruto de dois problemas: a recuperação dos preços internacionais e a desvalorização do real diante do dólar. Questionado se vê chances de mudança na política de preços da Petrobras, Mourão negou e disse que Bolsonaro "já deixou muito claro que não vai interferir e não pode interferir".

— Nós tivemos isso no passado, e a Petrobras arcou com um prejuízo enorme, que ela não pode arcar, é uma empresa que tem ação em Bolsa.

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