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Mercado reduz previsão de crescimento da economia americana

Economistas acreditam que desempenho dos Estados Unidos será prejudicado pela queda do consumo interno e pela alta do petróleo

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h22.

A desacelaração do mercado interno e o aumento dos preços mundiais do petróleo levaram o mercado a reduzir a expectativa de crescimento dos Estados Unidos para os próximos trimestres. Segundo pesquisa do americano The Wall Street Journal com 55 economistas realizada no início de agosto, o Produto Interno Bruto (PIB) americano deve crescer 3,8% no terceiro trimestre e 4,1% no quarto, em taxas anualizadas. Em junho, as projeções eram de 4,4% e 4,2%, respectivamente.

No início do ano, a expansão da atividade econômica era comparada com a dos anos 50, quando os americanos assumiram definitivamente a liderança mundial (clique aqui e leia reportagem da revista EXAME sobre o desempenho dos Estados Unidos). "Não parece que a recuperação da economia está fora dos trilhos, mas o país está enfrentando um reajuste do petróleo mais alto do que supunha", afirma Nigel Gault, economista da consultoria Global Insight. Nesta quinta-feira (12/8), o preço futuro do barril de petróleo bateu em 45 dólares na bolsa de Nova York. Alguns economistas têm dito que o valor pode subir ainda mais, talvez para 60 dólares, comprometendo seriamente a retomada econômica do país.

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Embora menores que as do início do ano, as projeções para o terceiro e quarto semestre ainda estão acima do crescimento do PIB, de 3%, realmente verificado no primeiro semestre. Além disso, o mercado acredita que o desempenho esperado será suficiente para gerar uma modesta expansão do mercado de trabalho nos próximos meses. O mais importante, conforme os economistas, é que as estimativas estão fortemente alinhadas às projeções do próprio Federal Reserve (Fed), o banco central americano.

A pesquisa do Wall Street também mostra que o mercado espera que o Fed aumente gradualmente a taxa de juros, atingindo 2% até dezembro e 3% em junho de 2005. Atualmente, a taxa americana é de 1,5%. A desaceleração da economia levou alguns economistas a especularem, na semana passada, que o Fed pararia momentaneamente com o aumento dos juros, mas agora a análise é de que a instituição continuará elevando as taxas, por entender que a queda da economia é passageira.

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